Assembleia estadual vota contra-proposta a ser apresentada ao Governo. Na quarta-feira, dia 2, a Plenária Nacional dos Servidores do MTE discutirá os rumos do movimento.

Em assembleia realizada nesta segunda-feira, 30/11, os Servidores do Ministério do Trabalho e Emprego (MTE) no Estado de São Paulo votaram, por unanimidade, pela manutenção do movimento grevista, iniciado em 10 de novembro. A assembleia teve presença de cerca de 80 servidores, representando a capital, Interior e Litoral do Estado.

Os servidores do setor discutiram a proposta apresentada em Brasília na última quinta-feira, 26, pela Secretaria de Recursos Humanos do Ministério do Planejamento. De acordo com esta proposta, seria aberto um ciclo de debates entre 3 de dezembro e 22 de fevereiro do ano que vem para negociar uma carreira específica para o MTE. O projeto de lei para criação do plano de carreira, principal reivindicação dos servidores do MTE, seria encaminhado ao Congresso Nacional somente a partir de abril de 2010 e os impactos financeiros seriam sentidos apenas em 2011.

A assembleia de São Paulo rechaçou essa proposta do Ministério do Planejamento e votou por unanimidade pela continuidade e fortalecimento da greve. Também foi aprovada uma contra-proposta: implementação do Plano de Carreira já em 2010; efetivação da nova tabela salarial, decorrente do Plano de Carreira, em 2011; e antecipação de um percentual da nova tabela, a ser pago aos servidores a partir de março de 2010. O percentual a ser proposto será definido em nova reunião dos servidores do MTE de São Paulo, na manhã do dia 1º de dezembro (terça-feira).

Na quarta-feira, dia 2, acontece em Brasília (DF) a Plenária Nacional dos Servidores do MTE. Nesta plenária, representantes das três entidades nacionais do setor (Condsef, Fenasps e CNTSS) e dos 24 estados que participam da greve definirão, a partir do que foi discutido e votado nas assembleias estaduais, os rumos do movimento em todo o país.