Servidores da segurança pública ocupam ALERJ
Redação

Greve geral para derrotar o pacote de Pezão

b1f85c67-9f8b-4c4e-9cce-bec153f65cf4Aos gritos de “Fora Pezão”, policiais militares, bombeiros, policiais civis e demais servidores da área de segurança pública do estado do Rio de Janeiro, além de representantes de outras categorias como professores, forçaram a entrada da Assembleia Legislativa e ocuparam o plenário contra o pacote de Pezão na tarde desta terça, 8. Desde o início da manhã a manifestação parou o centro do Rio e sitiou o prédio da Alerj.

Os servidores permaneceram por mais de duas horas ocupando o prédio sede do Legislativo, apesar das ameaças do governo de colocar a Tropa de Choque para desocupar os manifestantes.

Além de protestarem contra o pacote e pedirem a saída do governador, os servidores pediam também a saída do Presidente da Alerj, Jorge Piciani (PMDB), e a libertação de Mesac Efrain, presidente da Associação de Bombeiros Militares de Estado do RJ – ABMERJ, que recebeu trinta dias de prisão por participar da luta em defesa dos servidores públicos do estado.

Servidores sitiam a ALERJ
Servidores sitiam a ALERJ

A manifestação dos servidores da área de segurança é mais um protesto contra o pacote do governo Pezão anunciado na última sexta-feira, 4 de novembro. Entre outras medidas, o governo pretende aumentar a alíquota previdenciária de 11% para 14% e impor uma sobre taxa de 16%, totalizando 30% de desconto de ativos e inativos, que representa redução de vencimentos e proventos. Além disso, congela aumentos já concedidos e condiciona futuros reajustes à 70% da Receita Líquida, ainda aumenta as tarifas de ônibus de R$ 6,50 para R$ 7,50 e eleva o ICMS para diversos produtos.

URGENTE! FORA PEZÃO! OCUPA TUDO! POR UMA GREVE GERAL! | Neste momento, servidores públicos da área de segurança (bombeiros e PM's) ocupam a Alerj (Assembleia Legislativa do Rio de Janeiro) contra o pacote de ataques do governador Pezão

Posted by PSTU Nacional on Tuesday, November 8, 2016

O pacote do Pezão se insere no ajuste fiscal que Temer e o Congresso Nacional querem impor aos trabalhadores para garantir os lucros de banqueiros e empreiteiros. Nesse dia 7, as contas do governo do estado do Rio de Janeiro foram bloqueadas por falta de pagamento da dívida que o estado tem com a União. Todo o dinheiro vai direto para a conta da União, até somar o total da dívida de R$ 170 milhões, o que ameaça o pagamento dos vencimentos e proventos do mês de outubro de servidores e aposentados.

Além dos protestos dos servidores, que voltaram às ruas desde semana passada, o pacote também provocou reações contrárias do Presidente do Tribunal de Justiça do Rio e do Tribunal de Contas do Estado , que já declaram a inconstitucionalidade de uma série de medidas.

A mobilização dos servidores e a crise provocada pelo pacote de Pezão colocam na ordem do dia a Greve Geral do funcionalismo e dos trabalhadores do Rio em defesa dos direitos e dos serviços públicos.

É possível derrotar o pacote de Pezão e fortalecer a luta contra a PEC 55 (ex-PEC 241) e as reformas de Temer. Mas, para isso é preciso que as distintas direções do movimento unifiquem as lutas e organizem a Greve Geral.

A assembleia do SEPE aprovou a convocação de uma Plenária de Servidores e Trabalhadores para o próximo dia 9, quarta-feira, para discutir a unificação das lutas em torno aos dias 11 e 25 de novembro, e já aprovou o indicativo de paralisação de todos os servidores no dia da votação do pacote na Alerj, que, segundo rumores, pode entrar em pauta no dia 17 de novembro.

Por outro lado, chamamos os servidores da área de segurança, PMs, policiais civis, bombeiros, etc., a se unirem na luta com os demais segmentos do funcionalismo estadual e os trabalhadores e não reprimirem as lutas e greves, pois só assim poderemos garantir direitos.

Defendemos o direito de sindicalização e greve da polícia e, neste sentido, nos solidarizamos e defendemos a libertação imediata de Mesac Efrain,  presidente da ABMERJ, mas defendemos também a desmilitarização da PM, pois só assim poderemos por fim à violência.

Agora, se trata de fortalecer a plenária, unificar as lutas e convocar a Greve Geral para derrotar o pacote do Pezão e colocar abaixo esse governo e seus asseclas.

Greve Geral para derrotar o pacote de Pezão
Fora Pezão
Fora Picciani
Libertação imediata de Mesac Efrain

PSTU Rio de Janeiro