Servidores do Judiciário Federal de pelo menos 17 estados já decidiram em assembleias aderir à greve nacional, iniciada no dia 6 de maio, pela aprovação do PCS-4 (Plano de Cargos e Salários) e contra o congelamento salarial que o governo Lula tenta impor A greve começou perto de uma data decisiva para os servidores: o projeto de lei que ameaça congelar salários até 2019 (PLP 549/2009) poderá ser votado na sessão do dia 12 da Comissão de Trabalho da Câmara.

A cúpula do Judiciário já parece sentir os efeitos da paralisação. O presidente do Tribunal Superior Eleitoral, Ricardo Lewandowiski, teria conversado com o presidente da Câmara dos Deputados, Michel Temer (PMDB-SP), sobre o PCS do Judiciário, no encontro que os dois tiveram no dia 6, o primeiro dia da greve.
Segundo a coluna do jornalista Ricardo Noblat, Lewandowiski teria alertado Temer sobre a paralisação no Judiciário em um ano de eleições. Noblat afirma ainda que nos próximos dias quem visitará a Câmara será Cezar Peluso, atual presidente do Supremo Tribunal Federal.

No Ibama e Instituto Chico Mendes, greve completa um mês
Já os servidores federais da área de meio ambiente estão parados desde o dia 7 de abril. Eles reivindicam a reestruturação da Carreira de Especialista de Meio Ambiente e denunciam o sucateamento dos órgãos do ministério. Também lutam contra o PL que congela os salários dos servidores.

No dia 10 de maio, os servidores comissionados do ministério entregaram seus cargos em protesto contra a intransigência do governo Lula em negociar com os servidores.
“O mesmo governo que se nega a estruturar a carreira dos servidores em meio ambiente concede benefícios às empreiteiras para que ganhem a concessão de Belo Monte, um verdadeiro crime ambiental”, afirma o diretor do Sindsef-SP Carlos Daniel Toni, servidor do Ibama.
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