A paralisação foi aprovada na última assembléia da categoria realizada no dia 30 de agosto. A paralisação visa pressionar o governador Sérgio Cabral Filho (PMDB), para garantir a votação do Projeto de Lei que trata do reajuste salarial.

O projeto, de autoria do Poder Judiciário, encontra-se na Assembléia Legislativa desde o dia 16 maio. Ele prevê o percentual de 13,58%, a ser pago em duas parcelas anuais — 2007 e 2008 —, acrescido das perdas inflacionárias dos períodos. Para este ano, a parcela está calculada em 9,77%, retroativo a maio — mês da data-base da categoria.

O governador, notoriamente inimigo do serviço público e do funcionalismo, vem sistematicamente bombardeando o projeto. Utilizando-se da sua maioria parlamentar na Alerj, ele vem “empurrando com a barriga” a votação da matéria, seja por apresentação de emendas, seja pela simples prática do “rolo compressor”.

“Greve é a única alternativa”
Mais alarmante, porém, é a informação extra-oficial de que Cabral irá propor a redução do índice — passaria a ser de 4%, o mesmo concedido recentemente ao pessoal da Educação, Saúde e Segurança — e o pagamento a ser efetuado a partir de setembro, desconsiderando, portanto, a data-base dos servidores.

“Agora, não temos alternativa senão a de realizarmos uma forte greve de 48 horas, avaliando ao final os próximos passos da luta. Essa será uma resposta à altura que os servidores darão ao arrocho salarial que o governador quer impor”, afirmou Amarildo Silva, militante do PSTU e presidente do sindicato da categoria (Sind-Justiça), entidade filiada à Conlutas.

Post author Sandro Barros, do Rio de Janeiro (RJ)
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