O seminário “A luta pela auto-determinação da Palestina”, organizado pela revista Marxismo Vivo enfocou a perspectiva do socialismo como alternativa àquele povo.
A denúncia do massacre pelo Estado de Israel como representante do imperialismo americano foi outro ponto frisado pelos palestrantes.

O editor da revista Marxismo Vivo, José Welmovicki, ressaltou a importância do apoio incondicional ao povo palestino. “Essa luta é uma das principais travadas contra o imperialismo americano e sua vitória será uma vitória de todos os povos do mundo” disse ele. Vitória que se completaria com uma Palestina laica, socialista a caminho de uma Confederação dos Povos dos Países Árabes, disse Welmovicki, conclamando a necessidade transformação da causa palestina numa causa de todos os povos do mundo. “Sejamos todos palestinos”, finalizando assim sua apresentação.

O representante da International Socialist Organization, dos EUA, Lance Selfa, denunciou a política do governo americano que apóia o Estado de Israel por ser estratégico para sua política de domínio econômico no Oriente Médio. Segundo Selfa, em nome dessa política é que 85% da população da Faixa de Gaza foi levada à pobreza. “Eles querem tornar a vida daquele povo insustentável, para que eles saiam da área de interesse imperialista na Palestina”, afirmou.

O representante do Centro Cultural Palestino Aboo Ahmael apresentou dados do massacre palestino. Entre eles, as 2.450 casas destruídas para dar lugar aos assentamentos judeus. Ahmael denunciou os 6 milhões de judeus no território palestino, vindos de todo o mundo, cuja cidadania é garantida sobre a morte do povo palestino. Denunciou ainda o ataque israelense ocorrido no último dia 24 que matou 19 pessoas e deixou 68 feridas.

A esposa do dirigente da FPLP, Abla Mohamad, que foi presa ao tentar sair da Palestina para vir ao Fórum Social Mundial, enviou uma carta que foi transmitida por telefone durante o seminário. Abla denunciou a violência das prisões e chamou o apoio à luta de seu povo.