Liminar está temporariamente suspensaOs sem-teto do acampamento Pinheirinho, em São José dos Campos, decidiram, em assembléia realizada neste final de semana, fazer um plano de resistência e mobilização contra a possível demolição das moradias do local.

Diferentemente do que foi publicado no jornal Vale Paraibano no sábado, dia 17, não existe risco dos barracos serem demolidos nos próximos 30 dias, pois os advogados do movimento entraram com um recurso no Tribunal de Justiça de São Paulo que determinou o “efeito suspensivo“.

A liminar, que permite a destruição das moradias do acampamento, foi impetrada na Justiça pela Prefeitura e já foi publicada no Diário Oficial. Por enquanto a liminar está suspensa, até que o recurso seja julgado.

“Decidimos que vamos resistir, caso a liminar venha realmente a ser cumprida”, disse o líder dos sem-teto, Valdir Martins de Souza, o Marrom.

Os sem-teto ocupam uma área de 1,382 milhão de metros quadrados, de propriedade do megaespeculador Naji Nahas. Eles estão ameaçados nesse momento por duas liminares, uma de demolição das casas e outra de desocupação da área.

Estes moradores estão no terreno há mais de dois anos, dando uma função social à área, que tem uma dívida de R$ 5,8 milhões de IPTU, além de dívidas estadual e federal.

O acampamento possui hoje 1.300 famílias, sendo por volta de 7 mil pessoas, entre elas 2.600 crianças.