A jornada de ocupações do MST, chamada de Abril Vermelho, é uma das expressões de que o governo nada fez pela reforma agrária. Devido à insatisfação dos milhares de sem-terra com a política do governo, a jornada de lutas vem tomando grandes proporções. Cerca de 70 áreas foram ocupadas em 14 estados.

A radicalização do movimento obrigou governo a fazer algumas concessões como a desapropriação de 24 propriedades rurais. Mesmo assim, como não pretende fazer a reforma agrária, o governo já avisou que não vai tolerar agressões à lei, procurando intimidar o movimento. A direção do MST, por sua vez, vem tentando abrandar a radicalização dos sem-terra afirmando que a ocupação de prédios públicos e terras produtivas não fazem parte da linha de ação do movimento. Além disso, o MST tenta desvincular as ocupações de uma luta contra o governo; diz que é uma luta contra o latifúndio. Ora, como se não existisse latifundiários dentro do governo, como os ministros Furlan e Rodrigues.

Essa luta é contra o governo sim, pois é ele que impede a reforma agrária, defendendo os latifundiários e protegendo os assassinos do campo.
É preciso aproveitar o Abril Vermelho e exigir a reforma agrária já ao governo Lula.

Post author Cláudia Costa, da redação
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