Uma parte dos ativistas quer lutar, mudar o mundo, concorda com a necessidade de uma revolução, mas recusa os partidos, e vê toda organização como uma burocracia.

Para qualquer ação coletiva é necessária uma organização. Se um time de futebol vai enfrentar outro, e não se organiza e define as jogadas, tem grandes probabilidades de ser derrotado por outro time, se este estiver organizado. Esta mesma lógica se enquadra na luta de classes. Se em uma greve, não organizamos os piquetes, como fazer os panfletos, o contato com outras cidades (em categorias estaduais ou nacionais), as probabilidades de derrota são muito maiores.

Um objetivo diferente, um partido diferente

Caso nosso objetivo seja uma revolução, a necessidade de uma organização centralizada é absolutamente imprescindível. Não existe nenhum exemplo, na história, de uma revolução vitoriosa, que não tenha sido dirigida por uma organização centralizada.

As massas podem realizar ações heróicas, mas, sem partido revolucionário, não fazem revolução. Na Bolívia, recentemente, os trabalhadores fizeram uma greve geral, os camponeses bloquearam as estradas, mais de cem mil ocuparam a capital. Derrubaram o governo, mas não conseguiram fazer a revolução, porque foram traídos por direções reformistas. Sem um partido revolucionário, de massas, as revoluções serão derrotadas, como o foram dezenas no século XX e neste início de século.
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