Campanha militante deve dar o tom da candidatura Ana Luiza
Sérgio Koei

Campanha militante terá financiamento exclusivo de trabalhadores e estudantes que apoiam o partidoA confirmação dos registros das candidaturas à prefeitura de São Paulo trouxe mais uma vez um festival de cifras milionárias que devem nortear os gastos de campanha das principais coligações. O candidato tucano, José Serra, declarou à Justiça o limite de R$ 98 milhões em gastos de campanha. Fernando Haddad (PT) dá sequência às campanhas milionárias do PT, já há muito longe de qualquer tipo de militância, espera gastar um pouco menos, R$ 90 milhões. Já Gabriel Chalita (PMDB) vai despender “apenas” R$ 70 milhões.

Se os milhões despejados pelos principais candidatos durante a campanha eleitoral não é bem uma novidade, espanta o aumento dessas cifras em comparação com a última campanha. Durante a campanha eleitoral de 2008, o atual prefeito Gilberto Kassab (PSD, ex-DEM) estimou seus gastos em R$ 30 milhões, 1/3 do que esperam gastar Serra e Haddad. Já a então candidata petista Marta Suplicy fez previsão de R$ 25 milhões.

Quem paga a banda…
As grandes empresas, bancos e empreiteiras não economizam na hora de financiar as grandes campanhas eleitorais. Longe de qualquer ideologia e mais que acordo político, as doações milionárias são investimentos que, uma vez eleitos, obrigam os políticos a remunerarem. Nenhum banco ou empresa joga dinheiro fora. Se coloca dinheiro num candidato, é porque sabe que ele vai voltar com juros e correção.

As candidaturas do PSTU, por outro lado, são financiadas pelos próprios militantes, além de trabalhadores e estudantes que apoiam a campanha do partido. É o que dá total independência política ao PSTU defender uma São Paulo para os trabalhadores e não para os ricos e às grandes empresas como ocorre hoje. Defender, por exemplo, um transporte público de qualidade, com a estatização das empresas e os subsídios do valor das passagens. Ou o fim das terceirizações nos serviços públicos.

Expressão dessa independência financeira, a campanha de Ana Luiza será modesta, movida exclusivamente pela militância nas ruas e por apoiadores, sem cabos eleitorais ou marqueteiros. O total de gastos declarados pela candidata é de R$ 200 mil, cerca de 490 vezes menos que a previsão de gastos de Serra e 450 vezes menos que a de Haddad.

“Nossa campanha será modesta, mas é a única que vai dizer a verdade aos trabalhadores. Ao contrário das promessas vazias, vamos defender Transporte, Saúde, Educação para os trabalhadores, e dizer como fazer isso, apesar da desigualdade do poder financeiro e a injusta legislação eleitoral, que nos reserva poucos segundos de TV”, afirma a candidata.

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