No segundo dia, a greve nacional petroleira continua forte em todo o país apesar das intimidações da Petrobras.

A rendição é quando um grupo entra para substituir o outro que está trabalhando, ou seja, para render o outro. Portanto, o corte de rendição é quando o grupo não entra, paralisando, assim, a produção. Seria a troca de turno, em que cada turno tem, em média, oito horas.

Veja, abaixo, como está a paralisação nos estados.

No Pará, houve corte na rendição dos turnos à meia-noite desta segunda-feira, 23. No administrativo, 90% aderiram à greve. No Amazonas, houve corte de rendição do turno na Reman às 23h do domingo, 22. No Terminal Solimões, os grevistas assumiram o controle da produção.

No Ceará, teve corte de rendição na Lubnor às 23h do domingo, 22. na Fazenda Belém, a rendição foi cortada à meia-noite desta segunda, 23. A Biodiesel, em Quixadá, cortou a rendição às 6h de segunda e nas plataformas, a rendição foi nesta terça.

No Rio Grande do Norte, os trabalhadores controlam 70% da produção nas plataformas. Na Sede, em Natal, 10% dos funcionários aderiram à greve. O Pólo de Guamaré teve adesão de 90% do administrativo e e 70% da produção. No Canto do Amaro, 90% pararam. No Alto do Rodrigues e em Estreito, mais de 60% do pessoal estão parados. No Riacho da Forquilha, foi realizada uma assembleia que terminou num impasse. O resultado foi sete favoráveis e sete contrários à greve, com 18 abstenções.

Em Pernambuco, em Suape, 100% da produção está paralisada e controlada pelos trabalhadores diretos e terceirizados, desde à meia-noite de segunda-feira, 23. O bombeio de GLP também está sob controle dos trabalhadores. Em Paratibe, a adesão à greve é boa: o gasoduto está operando com 30% do efetivo.

Em Sergipe, na Sede da Rua Acre, 60% do administrativo aderiram. A fábrica de fertilizantes Fafen está 100% controlada pelos trabalhadores, todos em greve. Em Carmópolis, 90% dos trabalhadores da produção e 70% do administrativo estão em greve, sem rendição de turno nesta terça pela manhã. No Tecarmo/Atalaia, 100% do turno e 40% do administrativo pararam.

Em Alagoas, houve adesão de 90% do turno em Pilar. Na Transpetro, a adesão foi total. Em Furado, a assembleia acontece nesta terça-feira.

Na Bahia, os trabalhadores da Relam cortaram o turno às 15h30 de domingo, 22. A adesão dos trabalhadores do administrativo e terceirizados começou nesta segunda, 23. Na Fafen, a rendição foi cortada à meia-noite de segunda-feira. Três campos pararam a produção nos municípios de Entre Rios e Esplanada. O Terminal Madre de Deus também cortou a rendição ainda no domingo, às 15h30. No Conjunto Pituba (Ediba), base com mais de mil trabalhadores, houve adesão de 70%.

Em Minas Gerais, a adesão está como normalmente acontece nas greves. Supervisores e fura-greves, sob ordens da Petrobras, entraram e mantêm a produção. O corte de rendimento iniciou à meia-noite. O Terminal de Campos Elíseos deve parar nesta terça-feira.

No Espírito Santo, trabalhadores assumiram a produção na PPR-1 e P-34. Em Linhares e São Mateus, o corte de rendição será nesta terça-feira.

Em Duque de Caxias (RJ), a Reduc cortou a rendição à meia-noite de segunda. No Norte Fluminense, na Bacia de Campos, equipes de contingência assumiram o controle das plataformas. Os petroleiros estão desembarcando. No Terminal de Cabiúnas, trabalhadores assumiram o controle às 16h do domingo, 22.

Na cidade do Rio de Janeiro, aconteceram concentrações em várias bases, com paralisação de duas horas no Cenpes e assembleia no Edifício Sese. No Terminal da Baía de Guanabara (TABG), os trabalhadores aderiram à greve com boa participação. Não houve corte de rendição, mas a direção do sindicato está discutindo com os trabalhadores o corte de rendição nos turnos.

Em São Paulo, na Recap, município de Mauá, o corte de rendição se deu às 23h do domingo, 22. Nos terminais de São Caetano, Guararema e Guarulhos, o corte também aconteceu ainda na noite de domingo. Em Guarulhos, os trabalhadores assumiram a sala de controle na manhã desta terça-feira. O Terminal de Barueri também cortou a rendição na manhã desta terça. No Edifício Sede, a adesão é de 25% dos trabalhadores.

Na Replan, em Paulínia, onde houve uma greve de oito dias há duas semanas, o corte de rendição aconteceu nesta tarde. Desde domingo, a empresa vem fazendo uma guerra durante a troca de grupos, impedindo que o grupo entrasse na refinaria para render o que estava dentro. Durante a tarde, a noite e a manhã de segunda-feira, os grupos ficaram horas do lado de fora para resolver a situação. Por fim, conseguirem entrar.

No Litoral Paulista, na RPBC, os trabalhadores cortaram a rendição às 15h30 de domingo, com 100% de adesão. No Tebar e nos terminais de Alemoa e Pilões, o corte foi feito à meia-noite de segunda-feira. No Tebar, a adesão foi de 100%.

No Paraná e em Santa Catarina, o corte de rendição se deu à meia-noite de segunda-feira na Repar, no Six e nos terminais.

No Rio Grande do Sul, na Refap, em Canoas, o corte de rendição foi na manhã desta segunda-feira, com adesão de mais de 200 trabalhadores.

*Fonte: Agência Petroleira de Notícias, sindicatos de petroleiros e informes diretos dos locais. Atualizado em 24/3/2009, às 15h.