A crise das direções governistas, depois de se manifestar na CUT no dia 23, golpeou a UNE na USP.

A ocupação da USP já dura cerca de quarenta dias, sem nenhuma participação da UNE e do DCE (cuja diretoria é formada pelo PT e PCdoB). Na direção da mobilização se destacam ativistas independentes, militantes da Conlute, do PSTU e do PSOL.

A UNE, desesperada por estar completamente por fora das mobilizações, convocou para o dia 6 de junho um “dia nacional de ocupações de reitorias”, que foi um completo fiasco. No mesmo dia na USP, um Encontro das Universidades Estaduais Paulistas com mais de 700 estudantes, votou que a “UNE não fala em nome dos estudantes”.
Agora uma plenária nacional do movimento estudantil, marcado para o dia 16 de junho na USP, deve dar um novo passo na construção de uma alternativa de direção por fora da UNE.

Por outro lado, no funcionalismo público federal existe mais uma batalha contra a CUT. Os servidores da Cultura, do Ibama e do Incra estão em greve em todo o país. No dia 28 de maio, os servidores técnico-administrativos das universidades federais iniciaram uma greve nacional. Desde o primeiro dia, paralisaram as atividades 32 das 47 instituições federais de ensino superior. Um marco, já que nunca houve uma greve com este índice de adesão em seu primeiro dia.

Por outro lado, os setores governistas procuram impedir a construção de uma greve nacional do funcionalismo, como ficou demonstrado, por exemplo, no boicote da Fasubra, Fenajufe e Condesef à plenária nacional do funcionalismo realizada no último dia 3, que teve grande participação das entidades vinculadas à Conlutas. A possibilidade de unificação do movimento passa pelo enfrentamento com as direções governistas.

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