Sede já havia sido pichada
PSTU-PI

No Piauí, partido e ativistas ligados à CSP-Conlutas vêm sendo sistematicamente atacados

No último domingo, 29, a sede do PSTU no Piauí foi invadida e saqueada. Os primeiros militantes que chegaram ao local encontraram o portão arrombado, e todas as salas reviradas. Apenas documentos foram roubados, sendo deixado para trás todos os computadores.

O foco central dos invasores foi a busca de informações e documentos do partido e não de bens materiais, pois nenhum bem de valor foi retirado do local. Além disso, tudo foi muito planejado. Segundo informações de vizinhos, desde o sábado, existiam pessoas observando e rondando a sede.

Invasão é parte de perseguição e série de ataques
No dia 18 de dezembro, membros da atual direção do Sindicato dos Servidores Municipais de Teresina, filiado à CSP-Conlutas, que agora se reivindicam oposição sofreram grandes derrotas em todas as votações de assembleia geral dos servidores. Perderam a nova data da eleição do Sindicato, a prorrogação do atual mandato até a posse da nova diretoria e a eleição de nova comissão eleitoral.

Fizeram parte da assembleia aproximadamente 350 servidores filiados ao sindicato, que por expressiva maioria de votos, aprovaram todos os pontos da pauta. O entendimento foi de que havia em curso uma manobra golpista de setores da oposição, para que a direção do Sindicato fosse assumida por uma junta interventora. O processo eleitoral havia sido suspenso judicialmente devido a litígio judicial provocado pela comissão eleitoral, que impediu, sem fundamento legal, inscrição de outra chapa concorrente.

No dia seguinte, 19 de dezembro, membros de uma das chapas de oposição à maioria da atual diretoria depredaram a sede da entidade e agrediram ativistas. A depredação começou pela madrugada, quando invadiram a sede do Sindserm, quebraram câmeras de segurança e picharam as paredes do sindicato.

Depois, por volta de meio-dia, os membros desta chapa, muitos deles filiados ao Partido da Causa Operaria (PCO) e ao Partido do Socialismo e Liberdade (PSOL) adentraram violentamente o sindicato, rasgaram documentos de filiados que recebiam atendimento e picharam as câmeras internas da recepção com o objetivo de não deixar registro em vídeo das agressões físicas e verbais que passaram a exercer contra dirigentes da entidade que concorrem em chapa apoiada pela CSP-Conlutas. Socos, empurrões, xingamentos e novas pichações dentro do Sindicato foram feitas pelos agressores.

Além de membros da CSP-Conlutas que integram o sindicato, foram alvo também os militantes do PSTU, que além de agressões físicas e verbais, tiveram sua sede pichada. Portanto, não restam dúvidas de que se trata de um crime político. Este é mais um ataque que o PSTU está sofrendo na cidade de Teresina (PI). Dias antes desse acontecimento, o muro da sede do partido foi completamente pichado, e o mesmo ato foi visto em vários pontos da cidade, entre eles, a sede do Sindserm.

Há grandes possibilidades de ligação entre a invasão da sede e o ataque que os militantes do PSTU vêm sofrendo como diretores do Sindserm no contexto de uma disputa entre chapas nas eleições do sindicato. Por isso, as investigações continuam. Fica evidente o método de intimidação física e moral que esta implementado contra a militância do PSTU, típico das burocracias pelegas e stalinistas, inimigas da democracia, e que devem ser violentamente combatidas.

Repudiamos veementemente a agressão contra a nossa sede, o desrespeito e ameaças que o PSTU vem sofrendo na cidade e reafirmamos que vamos seguir fieis à prática de que as deliberações tomadas pelo movimento, de maneira democrática, sejam respeitadas e tenham garantida a sua implementação. Não nos intimidaremos com nenhuma ameaça, assim como fizemos na época da ditadura e quando enfrentamos as burocracias sindicais, burocráticas e neo-stalinistas, respeitando e implementando as decisões tomadas pelos trabalhadores nas instâncias das suas entidades e movimentos.