A fábrica de cimento Nassau, localizada no município de Nossa Senhora do Socorro, em Sergipe, está parada desde o dia 14 de outubro. Os trabalhadores decidiram iniciar uma greve por tempo indeterminado contra os atrasos de salários, da PLR e as demissões.

A decisão dos trabalhadores de entrar em greve foi tomada após várias reuniões com a empresa e paralisações de advertência. Durante vários meses a Nassau está atrasando o pagamento dos salários e, desde julho, está com o pagamento da PLR atrasado.

Muitos pais e mães de família estão com suas contas vencidas e já começa a faltar comida em casa. A empresa ganhou muito dinheiro nos últimos anos e teve todo tipo de incentivos fiscais por parte dos governos Lula e Dilma do PT e agora vem demitindo trabalhadores e dando calote nos que continuaram trabalhando. Isso nós não podemos aceitar”,  relatou Djenal Prado, presidente do Sindicagese (Sindicato dos Trabalhadores da Indústria de Cimento Cal e Gesso do Estado de Sergipe) e que também é funcionário da Nassau.

Os trabalhadores no país inteiro estão lutando. Esse é o único caminho para impedir que os patrões e o governo descarreguem essa crise econômica sobre nós. Vários estão tendo vitórias como os metalúrgicos da GM em São José dos Campos que reverteram as demissões com luta, os carteiros que impediram os ataques dos Correios e agora os bancários e petroleiros que estão lutando contra o sucateamento das empresas estatais. Nós na Nassau também vamos ser vitoriosos seguindo o caminho da mobilização”, concluiu Djenal.

A greve começou forte com paralisação total da produção e das atividades administrativas.  Os grevistas reivindicam, além do pagamento imediato dos salários e da PLR, que a empresa dê garantias de que vai parar definitivamente com os atrasos e as demissões.