A situação da saúde dos trabalhadores é profundamente grave. Uma verdadeira epidemia atinge a classe trabalhadora, pior do que a gripe suína ou a AIDS. Além de padecerem de doenças comuns e enfrentarem o caos da saúde pública, os trabalhadores enfrentam também as doenças originadas pela super-exploração imposta pelos patrões.
As doenças do trabalho são consequências da globalização capitalista que introduziu a chamada reestruturação produtiva, com novas formas de gerenciamento da produção e o incremento dos ritmos de trabalho com a incorporação da automatização das linhas de produção. Hoje vivemos sob os efeitos da aplicação desse modelo.

A globalização também trouxe as privatizações e com ele o desmonte do Estado e o início da desregulamentação dos direitos dos trabalhadores. O desmonte significou o sucateamento dos órgãos de controle do Ministério do Trabalho, como por exemplo as Delegacias regionais do Trabalho (DRTs) e a Fundacentro. A fiscalização é débil e muitas vezes não há estrutura para sequer visitar uma fábrica.

Política econômica
A atual crise econômica vai agravar ainda mais os casos de doenças e acidentes de trabalho. Para recuperar suas taxas de lucros, os empresários aumentam ainda mais a exploração dos trabalhadores.

Enquanto o governo entregava bilhões para os patrões, as grandes empresas não paravam de demitir. Aos que continuam trabalhando, foi imposto um forte arrocho salarial e um ritmo alucinado de trabalho para suprir as tarefas dos que foram demitidos. É assim que Lula e os empresários querem que os trabalhadores paguem os custos da recuperação parcial da economia.

O Opinião Socialista apresenta um conjunto de entrevistas e reportagens sobre a situação concreta vivida pelos trabalhadores. Explicamos também o que está por trás das iniciativas do governo que supostamente “protegem” os trabalhadores contra doenças e acidentes
de trabalho.
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