Cerca de 2000 pessoas são esperadas em São Paulo para o Ato 20 Anos sem Moreno, segundo a organização do evento, superando as expectativas iniciais. Caravanas estão sendo organizadas nos principais estados e outros enviarão representantes para homenagear o revolucionário argentino.

Na cidade de São Paulo, militantes oferecem e já preparam suas casas para alojar os ativistas que vem de longe. Do Norte e no Nordeste, onde as dificuldades financeiras impedem que grandes delegações se desloquem a São Paulo, virão representantes por Estado. Até o momento, confirmaram presença ativistas do Ceará, Rio Grande do Norte, Pernambuco, Bahia, Amazonas e Pará.

Alguns, como no caso da delegação gaúcha, por exemplo, que viajará 18 horas, virão exclusivamente para o ato, voltando a seus estados logo em seguida. No Rio Grande do Sul, foi locado um ônibus que trará 46 militantes. Além da tradicional “vaquinha”, a juventude do PSTU de Porto Alegre realizou pedágios para arrecadar dinheiro para o pagamento do transporte.

Também do Sul, devem vir ao Memorial da América Latina 41 pessoas de Santa Catarina. Quarenta e uma pessoas viajarão por volta de 12 horas, partindo de Florianópolis e do interior do Estado.

Em Minas Gerais, cerca de 120 pessoas já confirmaram a vinda. São militantes vem de diversas regiões do Estado e que dividiram entre si as despesas dos dois ônibus fretados para a viagem a São Paulo. Esse número pode ainda se ampliar com a confirmação de outros ativistas do Triângulo Mineiro.

No Rio de Janeiro, a organização da delegação previa, inicialmente, cerca de 300 companheiros. Hoje, estão confirmados aproximadamente 350, que virão em cinco ônibus. Segundo a regional do PSTU do Rio de Janeiro, além dos ônibus, os militantes se organizam para viajarem em carros, dividindo os custos com gasolina. No Rio, a “vaquinha” foi o principal meio de garantir a vinda, o que não dispensou a venda de cerveja e de “sacolés” pela juventude na Cinelândia, durante o carnaval carioca.

Além dos brasileiros, é esperada uma delegação internacional de peso. Esse empenho demonstra a importância dessa atividade no momento atual. Homenagear Moreno é mais do que reverenciar a sua figura. Significa, principalmente, resgatar a tradição trotskista internacionalista que a maioria das organizações da esquerda perdeu de vista após a queda do Leste europeu. É colocar na ordem do dia a necessidade da construção da revolução mundial.