PSTU irá às paradas, combatendo a homofobia e a despolitizaçãoNeste domingo, dia 10 de junho, ocorre a Parada do Orgulho de Gays, Lésbicas, Bissexuais e Transgêneros (GLBT), que, novamente, deverá colocar mais de 1 milhão de pessoas na rua em São Paulo. Um dia antes, também haverá na capital paulista a Caminhada das Lésbicas, evento que deve reunir cerca de 3 mil pessoas. Além da parada de São Paulo, há ainda uma extensa programação, com paradas em todas as capitais e em diversas outras cidades pelo país.

Mais uma vez, o PSTU, através de sua secretaria GLBT, participa deste evento criticando o governismo e a mercantilização da parada, que ao contrário de ser um protesto contra a homofobia e a opressão, tornou-se uma grande festa.

O tema da parada deste ano é “Por um mundo sem machismo, racismo e homofobia”. Apesar disso, a parada é financiada pelos governos que sustentam o capitalismo e todas as suas formas de opressão. Entre os patrocinadores do evento estão os Ministérios do Turismo e do Esporte do governo Lula, e a prefeitura paulistana, de Gilberto Kassab (PFL). Nem o governo federal nem a administração municipal do PFL, ou tampouco o governo estadual tucano de Serra, movem uma palha por um mundo sem machismo, racismo e homofobia. Muito pelo contrário, esses governos sustentam e defendem este mundo.

Contra a homofobia, nossa luta é todo dia
O PSTU participa desta 11ª edição da parada para dizer que a luta por um mundo sem machismo, racismo e homofobia é a luta pelo socialismo. O partido estará na Parada GLBT, empunhando as bandeiras contra a opressão, o preconceito e a homofobia e, ao mesmo tempo, combatendo a despolitização, fazendo um debate de classe e levantando a bandeira do socialismo.

Apesar de não termos nada contra festas e outros eventos que dêem visibilidade à livre orientação sexual, é fundamental que se recupere o espírito de luta que deu origem ao Dia do Orgulho Gay, em 28 de junho de 1969, quando a comunidade GLBT de Nova Iorque promoveu uma verdadeira rebelião contra a homofobia.

A Conlutas também se organizará para a Parada em torno de um caminhão de som da esquerda, que reúne ainda os ativistas da ocupação da reitoria da USP. A concentração deste bloco da esquerda será a partir das 12 horas nas escadarias do prédio da Gazeta, na Avenida Paulista. Já para a Caminhada Lésbica do dia 9, a concentração será às 13 horas, na Praça Oswaldo Cruz.

Em todo o país, nas diversas paradas que ocorrem nos próximos meses, é preciso aglutinar os lutadores em blocos que imprimam o caráter de luta que deve ter o mês do orgulho GLBT.

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