Cerca de duas mil pessoas foram às ruas em São Luís (MA) na manhã do dia 23 de maio protestar contra as reformas neoliberais dos governos Lula (PT) e Jackson Lago (PDT). A atividade resultou de uma unidade de ação de organizações ligadas à Coordenação Nacional de Lutas (Conlutas), Conlute, MST, CUT, entre outras. Participaram trabalhadores e trabalhadoras de várias categorias e paralisaram suas atividades servidores do Estado, Ibama, Incra, Iphan, policiais federais e servidores da UFMA.

Enquanto a CUT e seus sindicatos se referiam ao governo Lula apenas como “governo federal” e faziam críticas pontuais, os militantes da Conlutas denunciaram a subordinação de Lula aos grandes capitalistas e a suas reformas que retiram direitos dos trabalhadores e da juventude. Vários oradores se referiram à lei anti-greve como uma lei fascista pelo fato de tentar impedir a greve dos funcionários públicos ao mesmo tempo em que o governo propõe, praticamente, reajuste zero para os próximos dez
anos.

Sobre o governo Jackson, denunciou-se o “pacotão” contra os servidores públicos, que em muitos casos tiveram seus salários reduzidos.

Desde o início, a passeata foi acompanhada pelo batalhão de choque da Polícia Militar que, em determinado momento, tentou impedir a concentração dos participantes na ponte em que, há dois meses, aconteceu a prisão, tortura e assassinato pela PM do artista negro “Gerô. Os policiais atiraram com balas de borracha, ferindo um professor da rede estadual e uma estudante da UFMA. Mesmo assim, a caminhada continuou, sendo concluída no palácio do governo estadual, onde foi realizado ato público.