Sindicato dos Metalúrgicos de São José dos Campos

Fábricas estão adotando regime de licença remunerada, revezamento e férias coletivas

Com a Greve Geral iniciada na segunda-feira (23), a região já tem cerca de 24 mil metalúrgicos fora das fábricas. Este número equivale a algo em torno de 68% da categoria. Os trabalhadores continuam mobilizados para pressionar as empresas a liberarem todos neste período de crise do coronavírus.

O sindicato percorreu diversas fábricas nesta terça (24) e está exigindo que os patrões adotem licença remunerada para todos, exceto nos casos de serviços essenciais.

Os empresários que estão colocando o lucro acima da vida dos trabalhadores terão de enfrentar as mobilizações. Na Armco, os companheiros entraram em greve nesta terça. A empresa não quer liberar ninguém e apenas sugeriu uma reunião com o sindicato. A resposta dos trabalhadores foi rápida: 100% da produção está parada.

Na Elgin e Hitachi, os operários entraram em greve na segunda-feira, e as empresas já anunciaram que darão férias coletivas na próxima semana.

Há também casos em que as fábricas estão tentando maquiar o problema, como na Domex, em Caçapava. A empresa vai dar licença remunerada, mas quer assinar acordos individuais. Isto o sindicato não vai aceitar. Todo acordo tem de ser coletivo, justamente para preservar o emprego e direitos de cada um.

Já a Ericsson está adotando o sistema de revezamento, mas esta medida não é suficiente. Tem que parar tudo!

Também aconteceram mobilizações na Sonaca, Utec e Mirage, todas na zona sul. O Sindicato seguirá com paralisações no período da tarde e ao longo da semana.

Este foi mais um dia de luta em defesa da saúde dos metalúrgicos. E continuaremos assim, organizando a categoria e pressionando os patrões para que suspendam as atividades nas fábricas. Infelizmente, o governo Bolsonaro só está atrapalhando com seu absoluto despreparo e seus ataques absurdos contra os trabalhadores”, afirma o diretor do sindicato Célio Dias.