Felix Mann

No dia 2 de setembro, cerca de 320 pessoas lotaram o auditório da Câmara Municipal de São José dos Campos para comemorar os 15 anos do PSTU. O ato político contou com a presença de trabalhadores metalúrgicos, químicos, da alimentação, dos Correios, professores, jovens universitários e secundaristas, aposentados, moradores do Pinheirinho e do Banhado, entre outros.

Entidades sindicais também estiveram presentes, como os sindicatos de metalúrgicos, químicos, da alimentação, Correios, vidreiros, condutores, servidores de Jacareí, Admap, petroleiros. Compareceram, ainda, o Must, a Anel, o PSOL, vereadores do PT e várias oposições sindicais. Além disso, estiveram militantes, ativistas e simpatizantes das cidades de Jacareí, Caçapava e Taubaté, além de companheiros da direção nacional do PSTU.

Um ato emocionante
O ato foi uma corrente de emoção do começo ao fim. Logo na entrada, ao lado de bancas com materiais, camisetas, DVDs, jornais, livros e revistas do PSTU, havia murais com fotos históricas dos militantes que fizeram parte da história do partido na região. O espaço foi disputado pelas dezenas de olhos que corriam atentamente pelos álbuns em exposição.

No interior da Câmara, havia faixas com homenagens ao partido, com frases de Trotsky e com palavras-de-ordem pelo “Fora Sarney”, pelo fim do Senado, pelo socialismo e outros pontos do programa do partido.

A abertura do evento foi feita pelo companheiro Antônio Donizete Ferreira, o Toninho, presidente do partido na cidade. Ele chamou para compor a mesa a companheira Kárin, tradicional dirigente da regional. Ambos conduziram com animação o ato até o final.

O emocionante discurso de abertura foi feito pelo companheiro Ernesto Gradela, fundador do partido na região. Ex-vereador de São José e ex-deputado federal, Gradela contou diversas histórias sobre a origem do partido, explicando qual a finalidade do parlamento e como um revolucionário deve se comportar nessa instituição burguesa.

Em seguida, pela direção nacional do PSTU, falou o companheiro Eduardo Almeida, que explicou por que o nosso partido é assim, um partido revolucionário e diferente dos outros.

Na sequência, falou o companheiro Luís Carlos Prates, o Mancha, da Conlutas, que contou a história de nossa corrente e sua estreita ligação com o movimento operário.

Um dos pontos altos do evento foi a apresentação de um vídeo com fotos e imagens históricas. A emoção tomou conta do plenário. Entre lágrimas e risos, os presentes acompanhavam a história do partido em cada contexto que marcou a história do país. As imagens exibidas no telão emocionaram os presentes, em especial os antigos companheiros que ajudaram a fundar o partido e hoje seguem como simpatizantes de nossa corrente.

As saudações
Antes de começarem as homenagens, foram feitas diversas saudações. A primeira, pela Admap, foi do companheiro Josias Melo, que comoveu a todos, lembrando as dificuldades da época, das lutas dos aposentados de hoje e do sentido de uma vida inteira entregue à luta pelo socialismo.

Depois, falou o companheiro Dênis Ometo pela Ação Eco-Socialista, enfatizando o caráter classista da luta pelo meio ambiente. O camarada Valdir Martins, o Marrom, falou em nome do Pinheirinho, levando todos a gargalhadas, contando anedotas com lembranças de quando começou a militar.

Em seguida, falaram os vereadores Tonhão Dutra e Amélia Naomi, ambos do PT, seguidos pelo companheiro João Rosa (PSOL). As saudações foram finalizadas com o companheiro Vivaldo Moreira, presidente do Sindicato dos Metalúrgicos, que destacou a importância da luta política para a classe trabalhadora.

Valeu a pena
Quando parecia que tudo estava terminado, o ato entrou no seu segundo momento de maior emoção com as homenagens aos principais fundadores de nossa corrente na região. Foram chamados os companheiros mais novos para entregar aos mais antigos um pergaminho, simbolizando o fio de continuidade entre as novas e velhas gerações de revolucionários.

O companheiro Herbert Claros, jovem operário da Embraer, entregou para o companheiro João Roberto, que também foi o primeiro operário da Embraer a ingressar no partido. Em seguida, Antônio “Macapá” entregou a homenagem a Josias, da ADMAP; Inácio ao Geraldo, aposentado da Rodhia; Keyla, ao Ivan Trevisan; Soninha, à companheira Inês; e Padeirinho, ao Gradela.

Foi sem dúvida um momento de grande alegria e empolgação. Também foi feita uma menção especial aos companheiros Américo Gomes, dirigente nacional que também cumpriu importante papel na direção da regional, e à companheira Graça, antiga dirigente e fundadora da regional. Ambos, infelizmente, não puderam estar presentes.

A frase que sintetizaria claramente o sentimento geral que orientou as falas de todos os homenageados era de que realmente valeu a pena.

Que venham mais 15
O companheiro Durval Junior, da direção regional, lembrou o papel que cumprem os familiares dos militantes, amigos, filiados e simpatizantes do partido, dentro do qual muitos outros foram convidados a se organizarem na luta pelo socialismo.

A última intervenção ficou por conta do companheiro Valério Arcary, que fez uma fantástica explicação de como nosso partido, desde sua origem, fez a diferença na história da luta de classes no Brasil. Ao terminar, foi ovacionado de pé pelos presentes.

Como não poderia ser diferente, o ato foi encerrado ao som da Internacional, hino da classe trabalhadora mundial, cantado pelos militantes. Na saída do ato, a alegria era visível e não faltou quem dissesse: “que venham mais 15”!