Em Porto Alegre, milhares pedem o fim do governo PSDB-DEM
Nanda Isele / Sindppd-RS

Atos realizados no dia 13 de junho, e nesta quinta-feira, 19, em Porto Alegre (RS) reuniram milhares de trabalhadores em frente ao Palácio Piratini, sede do governo do Estado. Os manifestantes exigem o fim do governo de Yeda Crusius (PSDB) e Paulo Feijó, que até agora só significou desmonte do serviço público, desvalorização dos trabalhadores e corrupção.

Diversas centrais sindicais estiveram presentes, como a Conlutas, Intersindical, CUT e CTB. Também os movimentos estudantil, social e popular do Estado endossaram o grande coro contra os desmandos de Yeda e Feijó.

O Sindppd/RS participou porque acredita que, para conquistar a necessária valorização dos trabalhadores da Procergs, da educação e das demais categorias do Estado, é preciso derrotar o governo Yeda como um todo, incluindo o vice-governador Paulo Feijó.

As falas dos representantes das multidões de trabalhadores lembraram que o governo estadual passou o seu primeiro ano mentindo que não tinha dinheiro para reajustes salariais e investimentos em educação e saúde, por exemplo, enquanto desviavam-se milhões em esquemas de corrupção que só agora estão aparecendo. A repressão violenta a recentes manifestações contra a corrupção também foi lembrada como o outro lado de um mesmo projeto do governo Yeda-Feijó para o nosso Estado: o aprofundamento do neoliberalismo. Os manifestantes lembraram, ainda, que somente assim, com o povo na rua, é que os governos corruptos caem.

Do carro de som, as diversas vozes que se revezaram ao microfone bradavam “Yeda” e, por vezes, “Feijó”. A multidão completava: “Fora!”. Os atos continuarão acontecendo até que os gritos possam tomar uma nova forma, que deixem de ser reivindicação do fim do fraudulento governo Yeda e Feijó para passar a ser comemoração da vitória dos trabalhadores.

O caso
O governo de Yeda Crusius é acusado de desvios de recursos no Departamento Estadual de Trânsito (Detran) para financiamentos de partidos aliados. A Operação Rodin, da Polícia Federal, desmembrou um esquema e gravou conversas que apontaram o envolvimento de membros do governo estadual.

Nos últimos dias, a situação se agravou. O vice-governador, Paulo Feijó (DEM), divulgou a gravação de uma conversa na qual o então chefe da Casa Civil, Cézar Busatto, admite que órgãos da administração do Estado financiavam partidos políticos.

Yeda Crusius foi obrigada a exonerar vários secretários, mas saiu em defesa de todos eles. Agora, a governadora corre o risco de sofrer impeachment.

Leia o manifesto do Sindppd/RS contra a corrupção