Conlutas participa do protesto
Altemir Cozer

Nesta quinta-feira, 27 de agosto, em vários locais do Rio Grande do Sul ocorreram manifestações do Movimento dos Trabalhadores Rurais Sem Terra (MST) e dos movimentos sociais que se solidarizamLogo pela manhã uma coluna de sem-terra saiu de São Gabriel e foi até a fazenda Southal, local do conflito de sexta-feira passada, quando Elton Brum foi assassinado, e fizeram uma manifestação.

Em Porto Alegre, no final da tarde, centenas de militantes do movimento sindical, estudantil e urbano se concentraram na Praça da Matriz, em frente ao Palácio Piratini. Junto com uma delegação do MST, aconteceu uma manifestação repudiando a violência e truculência da ação de despejo e, sobretudo, o assassinato de Elton Brum.

A Brigada Militar, seguindo orientação da governadora Yeda Crusius (PSDB), indiciada como chefe de quadrilha pelo Ministério Público, estava com uma presença ostensiva mostrando que continua tratando os movimentos sociais como criminosos.

Uma companheira do MST denunciou o governo Yeda e o governo Lula. Para ela, é uma vergonha a falta de reforma agrária e a ausência de assentamentos no estado por parte do governo Lula. Mas apesar da crítica contundente, ela se referiu ao governo Lula como “o nosso governo”.

Pela Conlutas, falou Vera Guasso, que também é dirigente do PSTU. Ela responsabilizou o governo Yeda pelo assassinato de Elton Brum. Lembrou, também, que o sem-terra morto é vítima da falta de reforma agrária de Lula e de sua opção por governar sem enfrentar o agronegócio e os latifundiários. A Conlutas levou ao ato uma faixa que dizia: “Elton, sua luta não foi em vão! Fora governo assassino”.

Já era noite quando os manifestantes acenderam velas e partiram em caminhada até o Palácio da Justiça, deixando em frente ao Piratini um caixão simbolizando a morte do companheiro sem terra.