Dentro dos Urutus (carros blindados do exercito), os jogadores da seleção seguiram pelas ruas acenando para a multidão eufórica, que gritava: “Ronaldo, Roberto Carlos, quero comer, quero trabalho”.

Bordoadas humanitárias

O exército brasileiro com, o auxílio da débil polícia haitiana, reprimiu milhares de torcedores que tentavam adquirir ingressos para o jogo do Brasil, na entrada do estádio Sylvio Cator, em Porto Príncipe. Com o início de tumulto, as “tropas da paz” não pensaram duas vezes em agredir a população.

Amigo mas nem tanto

Por mais que as autoridades brasileiras afirmem que a presença das tropas no Haiti não seja para reprimir a população, mas sim para ajudá-la, o mega-aparato de segurança montado pelo governo coloca isso abaixo. Cerca de 1.700 homens, entre militares brasileiros e policiais haitianos, foram envolvidos no esquema de segurança para o jogo “amistoso”. Esse número inclui todo o efetivo brasileiro deslocado para o Haiti.

Para poucos

Um terço dos 15 mil lugares foram reservados aos convidados oficiais. O restante dos ingressos foi vendido à população miserável do Haiti, por R$ 20, o equivalente a sete dias de salário médio de um trabalhador haitiano.

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