Quando uma política de ruptura é proposta, muitos argumentam que o país ficaria isolado. Hoje, entretanto, se pode observar que o repúdio ao neoliberalismo deu um salto em nosso continente, tão grande que possibilitou a eleição de vários governos que fizeram discursos ‘antiimperialistas’ em suas campanhas eleitorais, mas depois da posse passaram a renegar seu passado.

Alguns têm atritos bastante limitados com o imperialismo, como o caso de Evo na Bolívia.

Se o Brasil, economia mais forte da América Latina, rompesse com o imperialismo e deixasse de pagar as dívidas, provocaria uma enorme onda de apoio dos trabalhadores latino-americanos, que pressionaria esses governos. Seria possível impulsionar uma campanha continental dos trabalhadores contra o pagamento das dívidas, que poderia ter desdobramentos revolucionários.

“Mas aí Bush invadiria o país”, argumentam os defensores do governo petista. Isso tem o mesmo valor dos argumentos dos burocratas sindicais que são contra todas as greves, e dizem que “se os trabalhadores pararem de trabalhar, o patrão vai chamar a polícia para bater em todo o mundo”.

Se os trabalhadores dessem ouvidos a esses burocratas, nunca fariam greves. Se o povo cubano tivesse esta postura, não haveria a revolução de 59. Além do mais, o atoleiro da intervenção no Iraque indica que o imperialismo já não pode fazer tudo o que quer.
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