O Sindicato dos Trabalhadores Rodoviários do Estado do Ceará (Sintro) já foi uma referência de luta para milhares de ativistas do estado. Mas os tempos agora são outros. A ultima eleição para a diretoria da entidade é tida como um dos pleitos sindicais mais viciados da história do movimento estadual e vem sendo questionada tanto política como judicialmente há quase dois anos.

A chapa ganhadora, da situação, foi inscrita com membros inelegíveis, sendo que um deles nem da categoria é. A prática da fraude e da desonestidade, porém, não são suficientes para caracterizar o banditismo que se instalou na entidade há quase duas décadas. Junto a isso, também andam os métodos da intimidação, perseguição às oposições, agressões corporais e até mesmo eliminação física.

A Conlutas, através do grupo de oposição Resgate, com o apoio do Sindicato dos Trabalhadores da Construção Civil, vem há muito tempo realizando um trabalho político ostensivo de denúncia ao “gangsterismo” que se apossou do Sintro. Recentemente, a 12ª Vara do Trabalho julgou procedente a reclamação quanto à inelegibilidade de dois dos diretores, reforçando o trabalho da oposição e levando os burocratas ao desespero.

Para acirrar ainda mais os ânimos, a Procuradoria Regional do Trabalho asseverou que, diante da recusa do sindicato em convocar assembléia extraordinária para deliberar sobre novo processo eleitoral, a convocação poderia ser feita diretamente pelos motoristas e cobradores da base, conforme determina o próprio estatuto da entidade, mediante abaixo-assinado.

A reação da máfia foi imediata. Os enfrentamentos corpo-a-corpo tornaram-se rotina. Já ocorreram dois atentados contra os carros de som da construção civil. Vidros quebrados, pneus furados e dirigentes sindicais da Conlutas salvos por um triz da violência da bandidagem. Este é o saldo até agora.

A coordenação estadual da Conlutas deliberou por aumentar ainda mais o apoio ao grupo de oposição para assim devolver o sindicato às mãos dos seus legítimos donos: os motoristas e cobradores.

A situação é grave e exige o apoio e solidariedade de todos os lutadores e sindicatos combativos do país. Fazemos um chamado a que sejam enviadas moções de repúdio ao Sintro-CE com cópia para o Sindicato dos Trabalhadores da Construção Civil, exigindo que cesse imediatamente a perseguição e os atentados à oposição e que seja convocada a assembléia da categoria para que a mesma decida sobre os destinos de seu sindicato.

ENVIAR MOÇÕES PARA:
Sintro-CE

Avenida Tristão Gonçalves, 1380, Centro
Tel.: (85) 3254-5569

STICCRMF-CE (Construção Civil)
Rua Agapito dos Santos, n 480, Centro
Tel.: (85) 3281-1288
E-mail: [email protected]