Ato em São Conrado reuniu cerca de 500 pessoas
Foto: Rodrigo Noel

 

A manhã desta terça, 24, foi marcada por diversos atos pelo país contra a nova rodada de leilões do petróleo promovida pelo governo federal. De uma só vez, o governo Dilma entregou 289 blocos, maior até mesmo do que todos os leilões realizados pelos governos FHC. E no Rio não foi diferente.
 
Desde cedo, diversas entidades e organizações políticas foram chegando ao ato, contando também com delegações do Espírito Santo, de São Paulo e do interior do estado do RJ. Entidades do movimento, como CSP-Conlutas, Assembleia Nacional dos Estudantes – Livre (ANEL), Federação Nacional dos Petroleiros (FNP), Sindipetro-RJ, Sindipetro-ES, Sindipetro-AM, CGTB, CUT, FUP, FENET e AERJ se juntaram a outras organizações políticas, como PSTU, MST, PCR, FIST, entre outras.
 
Em todas as falas, ficou marcada a cobrança política ao governo Dilma do seu compromisso de não privatizar os bens públicos, assumido durante a campanha eleitoral de 2010. Para Cyro Garcia, presidente do PSTU-RJ, a entrega do petróleo brasileiro às multinacionais estrangeiras é um crime: “A questão do petróleo não é apenas dos petroleiros, mas de todos os brasileiros, pois é uma questão de soberania”, disse. Cyro também lembrou, após dez anos do PT no governo federal, da nefasta cooptação de diversos setores do movimento social.

O jovem Julio Anselmo deixou seu recado pela juventude do PSTU: “A saúde e a educação vivem a mínguas, sem nenhuma iniciativa do governo para melhoria dos serviços públicos. Não podemos permitir que nossas riquezas, que poderiam resolver diversas mazelas sociais que enfrentamos, caiam nas mãos de multinacionais”, afirmou. Julio lembrou do significado dos dez anos de governo do PT e lamentou que nenhum parlamentar da esquerda socialista esteve presente durante o ato.

No encerramento do ato, o presidente do Sindipetro-RJ, Emanuel Cancela, lembrou que a luta contra os leilões do petróleo e pela Petrobras 100% estatal não encerra aqui. O governo federal quer entregar ainda mais blocos do pré-sal para as multinacionais. Emanuel disse ainda: “O sonho da diretora-geral da ANP, Magda Chambriard, é trabalhar como executiva de uma grande petroleira. Ela deveria estar fiscalizando estas mesmas petroleiras”, afirmou.