Trabalhadores realizaram um protestos também em Copacabana, no dia 12.

A Jornada Nacional de Lutas pelo “Fora Bolsonaro! Impeachment já!”, que ocorreu nos dias 10, 11 e 12 de julho, mobilizou os trabalhadores de norte a sul do país.

O agravamento da pandemia no Brasil, que já vitimou quase 78 mil pessoas, e que está longe de terminar, combinado com os altos índices de desemprego e a quase inexistência de políticas públicas de auxílio e renda pelos governos foi a mola impulsionadora dessas mobilizações.

Trabalhadores do TABG Petrobrás fizeram seu protesto no dia 10

No Rio de Janeiro, categorias como a dos petroleiros realizaram, na manhã do dia 10, protestos que marcaram e deram o tom da mobilização. Houve também protestos que foram registrados nas cidades de Macaé, Niterói e Volta Redonda, entre outros.

No dia 12, pela manhã, em Campo Grande (Zona Oeste da cidade do Rio), os trabalhadores protestaram de forma irreverente, utilizando um boneco do Bolsonaro que era chutado pelos que passavam. O ato foi apelidado de “bicuda no Bozo”.

“Bicuda no Bozo”, em Campo Grande, no dia 12

No final da tarde, em Copacabana, trabalhadores marcaram presença nas ruas e foram fortemente reprimidos pela Polícia Militar, os manifestantes não se intimidaram e mantiveram sua bela manifestação.

A Jornada Nacional de Lutas poderia ter sido muito melhor se partidos como o PT e o PSOL, e as centrais sindicais não tivessem recuado na organização dos atos e ações. Apesar de esta jornada ter sido convocada conjuntamente, apenas a central CSP-Conlutas, de fato, se dedicou para a construção das movimentações que ocorreram. Esta é mais uma demonstração dos limites destas organizações, que deixam os trabalhadores na mão em um momento crucial da luta por suas vidas e contra o governo Bolsonaro.

Iremos agora nos dedicar, com força total, para a construção do Dia Nacional de Luta, que está marcado para 7 de agosto. Esta data foi aprovada em uma plenária virtual, que ocorreu no dia 11 deste mês, e reuniu cerca de 700 militantes de mais de 100 entidades que integram a Frente Nacional pelo Fora Bolsonaro.

Aos trabalhadores, não há outra saída senão a luta organizada para garantir suas vidas nesta pandemia, e isto passa pela necessidade de construirmos uma greve geral no país. Precisamos parar o Brasil em defesa da vida e da quarentena geral, já e com a garantia de emprego e de renda digna.

O capitalismo destrói a natureza, o que ocasiona, por exemplo, pandemias desta magnitude que estamos vivenciando. Além disso, não garante que iremos sobreviver a ela. Como se não bastasse, oprime os trabalhadores e os pobres ao redor do mundo. É necessário destruir este sistema falido e assassino e libertar a classe trabalhadora.