``FotoCom a participação de mais de 900 pessoas ocorreu, na noite do dia 24, o seminário “Os rumos da revolução Argentina“, no Cais do Porto (Armazém 7), dentro do ciclo de seminários marxistas promovidos pela Revista Marxismo Vivo.

Com a coordenação de Dirceu Travesso, participaram da mesa lideranças dos movimentos argentinos: Sérgio Arriola (Frente dos Trabalhadores Combativos – FTC), Juan Carlos Righini (Comissão Interna da Têxtil Bruckman), Luis (Movimento Tereza Rodriguez – MTR), Lui Galeano (Movimento dos sem Trabalho – MST/Matanza), Horácio Campos (Presidente Cooperativa IMPA), Eduardo (dirigente do Movimento Nacional de Empresas Recuperadas) e Ricardo Properzi (FOS).

Para os participantes do seminário, enquanto do lado dos patrões, do FMI e do Banco Mundial, apresenta-se a reforma do capitalismo, do lado dos trabalhadores clama-se pela revolução.

Segundo Martino, os trabalhadores argentinos compreenderam que se eles podem ocupar e dirigir fábricas, construir escolas, hospitais e moradias, então podem também dirigir o país.

Com a certeza de que não é possível um mundo para os trabalhadores com o sistema capitalista, Sérgio Arriola, membro da FTC, afirma que o desafio a enfrentar no momento é juntar forças para continuar na luta.

Para eles, as próximas eleições presidenciais argentinas não são a solução, ao contrário, a resposta para a crise passa pelo “enfrentamento homem a homem“ e pela construção de um programa que aponte para uma política revolucionária.

Já o dirigente do Governo Nacional das Empresas Ocupadas afirma que os trabalhadores não tem que se intimidar com a propaganda burguesa contra as ocupações das fábricas, mas o capitalismo sim deve uma explicação para o desemprego e a fome.

Um dos pontos altos da intervenção dos oradores foi o chamado para que os trabalhadores da América Latina sigam estes exemplos e somem-se a eles dando um basta em seus governos exploradores e de conciliação de classes.

Momentos marcantes expressaram-se nas palavras de ordem entoadas em meio às exposições dos oradores. Dentre elas destacaram-se: “La Brukman, La Bruckman é dos trabajadores, aos que no le gustan, se hode, se hode!!! e “Brasil, Colômbia, Argentina, abaixo o imperialismo da América Latina“.

Ricardo Properzi, dirigente da Frente Obrera Socialista (FOS), ressaltou que a “revolução não está na imprensa, mas nas fábricas, nos piquetes, nas ocupações, nas experiências e nas cabeças dos trabalhadores“.

Por ultimo, Dirceu Travesso, coordenador da mesa, faz um chamado para que todos se somem à Campanha Contra a ALCA, que prossegue através do abaixo-assinado exigindo do governo Lula o plebiscito oficial, lançado neste Fórum Social Mundial.