A reunião da Comissão Nacional da Construção Civil e Pesada aconteceu nesta quinta-feira (14) em clima tenso entre governo, centrais sindicais, entre elas a CSP-Conlutas, e representantes da Camargo Correia, Odebrecht e outras empresas.

Por insistência da CSP-Conlutas e de outras centrais, além da pauta formal prevista que abordaria contratação e qualificação dos trabalhadores da construção civil, mais da metade da reunião tratou também de temas fundamentais para os trabalhadores da construção civil.

Diante disso, foi aprovada a retirada imediata da Força Nacional de Segurança do canteiro da obra de Jirau (RO), assumido pelo ministro Gilberto Carvalho, e a completa retirada de toda a segurança privada da obra.

Além disso, ficou acordado que não haveria nenhuma demissão sem antes haver negociação com os sindicatos de trabalhadores. Os sindicalistas estavam preocupados com o anúncio de seis mil demissões pela Camargo Correia e exigiram garantias.

O fim das perseguições aos cipeiros e membros das comissões de negociações também foram abordados na reunião. Somente após esse debate foi retomada a pauta prevista para inicialmente.

A próxima ficou marcada para o próximo dia 12 de maio. A pauta terá como itens contratação e qualificação e discutirá sobre organização nos locais de trabalho, como eleição de comissões de base com garantia de emprego.

Segundo o membro da Executiva da CSP-Conlutas, Atnágoras Lopes, representante da entidade na comissão, a reunião foi positiva, devido à aprovação das propostas imediatas. “Nesse momento o que mais importa é resolver problema de quem trabalha na obra e faremos o possível para que isso ocorra”, disse.

Participaram da reunião o ministro do Trabalho e Emprego, Carlos Lupi, o secretário-geral da presidência, ministro Gilberto Carvalho, as sete centrais sindicais CSP-Conlutas, CUT, CTB, NTSC, Força Sindical, CGTB e UGT, o Sinicom (Sindicato Nacional da Construção Pesada) e as empresas Odebrecht e Camargo Correia.

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