No dia 27 de janeiro, aconteceu a primeira reunião do ano do Grupo de Mulheres e GLBT da Conlutas. Participaram membros de onze entidades e movimentos: Sindess (MG), Sepe (RJ), Sindmed (BA), Para Além dos Muros (MG), Oposição Alternativa/Apeoesp (SP), Movimento Popular de São José dos Campos, Oposição Sinduti (MG), Sindbel (MG), Sindmetal São José dos Campos(SP), Stig (MG) e Associação de Mães Sem Creche (SP). O encontro foi convocado para organizar as atividades do próximo 8 de Março nos estados e regiões, dentro dos marcos do feminismo classista.

A reunião teve início com a discussão teórica sobre gênero e classe e sobre a opressão e a superexploração da mulher. O debate apontou para a necessidade da organização dos setores mais oprimidos da classe trabalhadora, relacionando a opressão e a exploração, tanto da mulher trabalhadora quanto do conjunto da classe.

O Dia Internacional da Mulher marca o início das atividades feministas no ano. Em 2007, essa data tem uma importância especial. O governo Lula iniciou seu segundo mandato anunciando uma série de ataques aos trabalhadores em seu Programa de Aceleração do Crescimento, o PAC. Entre as medidas, está a reforma Previdenciária, que deverá aumentar a idade mínima para aposentadoria.

Além disso, empresários já articulam reuniões com o governo para exigir as outras reformas. A reforma trabalhista, por exemplo, se aprovada, poderá retirar ou reduzir direitos específicos das mulheres, como a licença maternidade.

O GT de Mulheres da Conlutas tem como principal finalidade organizar os setores mais explorados da classe e colocá-los em luta. Para as organizadoras e organizadores do grupo, é urgente a superação da situação atual de opressão, com uma luta conseqüente contra o capitalismo, contra a burguesia e, também, contra seus governos.

Com base nessa discussão, foram elaboradas algumas propostas gerais para organização das atividades em março, dentre elas que a data tenha como eixo a luta contras as reformas neoliberais – sindical, trabalhista e previdenciária. O GT definiu, ainda, que será elaborado um panfleto nacional para ser entregue às categorias. Foram avaliadas, ainda, as possibilidades de construção do 8 de Março em nível nacional e a organização na base das categorias e movimentos onde a Conlutas atua, que deverá ficar a cargo das coordenações estaduais da entidade.

A reunião da coordenação nacional da Conlutas, que ocorre nos dias 10 e 11 de fevereiro, deverá referendar as resoluções do grupo. Uma próxima reunião foi marcada para o dia 24 de março de 2007, na sede nacional da Coordenação, em São Paulo.

*Com a colaboração de Janaina Rodrigues (membro da Conlutas e da Oposição Alternativa/Apeoesp)