Está chegando a reta final da mobilização para garantir uma grande marcha a Brasília no dia 25 contra a reforma Universitária, as reformas Sindical e Trabalhista e em defesa da reforma agráriaPor todo o país avança o processo de organização das delegações que irão à Capital Federal. Nas universidades, o plebiscito organizado pela Coordenação de Luta dos Estudantes (Conlute) mobiliza milhares de estudantes e reforça o processo de mobilização para a marcha. Nos sindicatos, as discussões começam a ganhar corpo: em Minas Gerais, no último fim de semana, ocorreu o Encontro Estadual da Coordenação Nacional de Lutas (Conlutas) e ficou definido pelos participantes do encontro o envio de uma caravana de 50 ônibus a Brasília.

É preciso reforçar este processo em todo o país. Com uma grande marcha no dia 25, estaremos fortalecendo a luta contra as reformas neoliberais do governo e reforçando a luta pela reforma agrária. Estaremos também avançando na construção de uma direção alternativa para as lutas dos trabalhadores e da juventude (a Conlutas e a Conlute), já que a CUT e a UNE preferem apoiar o governo, em vez de defender os direitos dos trabalhadores e dos estudantes.

Governo vai enviar reforma sindical ao Congresso ainda este ano

Além de todas as medidas já tomadas, no sentido de levar adiante uma reforma Universitária que privatiza o ensino público, favorece os barões do ensino pago e compromete a soberania do país ao entregar para as multinacionais a produção do conhecimento científico realizado pelas universidades públicas, o governo ataca também as áreas sindical e trabalhista.

Nas vésperas do primeiro turno das eleições, o governo remeteu ao Congresso um Projeto de Lei que praticamente acaba com o Fundo de Garantia (FGTS) dos trabalhadores das microempresas (reduz a alíquota a 0,5%), além de trazer vários outros prejuízos aos trabalhadores (prejudica também o caixa da Previdência). Agora, no último dia 6, o Ministério do Trabalho anunciou o encerramento da elaboração da redação do projeto sobre a reforma Sindical, produzido pelo Fórum Nacional do Trabalho, e seu envio à Casa Civil da presidência da República. O próximo passo será encaminhá-lo ao Congresso ainda este ano. A proposta de reforma Sindical, como já foi dito nas páginas do Opinião, visa a criar as condições – via negociação coletiva encaminhada pelas centrais sindicais – para uma ampla flexibilização dos direitos dos trabalhadores, que hoje constam da legislação. Visa também a desmantelar os sindicatos que ousarem questionar a política do governo e das cúpulas das centrais sindicais. Derrotar esta reforma e impedir sua aprovação no Congresso é um desafio decisivo para os trabalhadores neste momento.

Por isso, é importante jogarmos muito peso nesta manifestação em Brasília.

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