Sem- tetos são reprimidos, numa operação de guerra comandada pela PM do governador Jarbas Vasconcelos (PMDB) e com a anuência do prefeitura de João Paulo ( PT)Na manhã da última terça-feira, dia 23, vinte e quatro famílias dos sem teto do MLRP (Movimento de Luta e Resistência Popular) que ocupavam uma casa abandonada na rua Velha do Recife, foram despejados da casa que ocupavam há 5 meses. A reintegração de posse foi dada pela “Justiça” a um proprietário que mora no Ceará, que, segundo informações, não pagam IPTU há 15 anos. Numa brutal operação de guerra montada pelo batalhão de choque da PM de Pernambuco, a polícia os desalojou e enfrentou uma resistência heróica dos moradores que durou cerca de seis horas.

O governo do estado e a prefeitura se negaram a negociar qualquer saída para o conflito, negando-lhes o direito até do auxílio-moradia. No confronto, espancaram duramente os ocupantes e com balas de borracha cegaram, em um olho, o companheiro Marcelo, líder do MLRP, movimento que apóia a Conlutas e participou da marcha do dia 17 contra o governo.

Além disso, detiveram o companheiro do PSTU, Bruno Alves, que é bacharel em direito e que estava mediando as negociações. Prenderam também mais quatro ocupantes da casa, entre eles Wellington da Silva, militante do PSTU. Entre as acusações acusam os membros do movimento de formação de quadrilha.

Esse é mais um caso de tentar criminalizar os movimentos sociais por parte dos governos e da burguesia. Enquanto corruptos e bandidos de toda espécie circulam livremente nos corredores do Congresso e do Palácio do Planalto, a polícia espanca e prende trabalhadores que lutam para não viverem nas ruas.

Toda a brutalidade da operação foi comandada pelo facínora Jarbas Vasconcelos (PMDB), governador do estado, que contou com a generosa anuência do prefeito petista João Paulo (PT).

Exigimos a imediata libertação de todos os presos, lugar de lutador não é na cadeia! Exigimos também a desapropriação da casa abandonada, o direito a moradia para quem não tem onde morar e a punição a todos os envolvidos pela brutal repressão, particularmente o chefe da operação da polícia militar.