Na manhã desta terça, 29 de março, foi realizado no Centro de Convenções de Goiânia um seminário sobre a reforma Universitária, organizado pelo deputado Fabio Tokarski (PCdoB) e as entidades estudantis ligadas ao PCdoB, como a UNE e a UEE. O seminário reuniu os reitores da UFG, da UEG e da UCG e representantes dos tubarões do ensino.

O secretário executivo do Ministério da Educação iniciou o seminário apresentando o projeto de Lei Orgânica da reforma, e, claro, isso não aconteceu de forma tranquila. Todo um setor que está contra a reforma Universitária do governo Lula e do FMI, e que não foi convidado pra festa, protestou contra a reforma. Estudantes do DCE-UFG, da Conlute, do PSTU, do MEPR e representantes das Casas de Estudantes cantaram palavras de ordem como “Ô MEC, cara de pau, essa reforma é do Banco Mundial!“. Os estudantes também levaram cartazes para protestar contra a reforma mais nefasta da universidade pública, pelas palavras do proprio secretário executivo do MEC, “ Nos chamaram de soviéticos quando propomos o conselho social, o que eles não sabem que esse é o modelo americano“, afirmou.

Quando o representante do MEC terminou sua explanação, Gibran Jordão, estudante da UFG e membro da Conlute, levantou-se indignado e atirou ovos no representante do MEC, dizendo: “Avise ao seu chefe que essa reforma não vai passar“. Os seguranças do evento, com os militantes do PCdoB, foram pra cima agredindo o estudante violentamente, com socos e pontapés, e defendendo fielmente o representante do MEC.

Os companheiros que estavam no protesto foram solidários e impediram que a agressão fosse maior e que o estudante fosse preso, pois a ordem do PCdoB (de forma extremamente stalinista) e do MEC era de que os seguranças segurassem Gibran até que a polícia chegasse. Os seguranças colocaram todos os manifestantes pra fora, fechando os portões dos salões do Centro de Convenções. Segundo Gibran, “essa manifestação em Goiânia e várias outras que estão acontencendo no país precisam se generalizar e se radicalizar em todos os lugares que o governo, o MEC e os pelegos da UNE estiverem propagandeando essa contra-reforma que vai privatizar de vez a universidade pública“.