Estudantes ocupam reitoria da universidade em defesa da educaçãoNo dia 10 de setembro, após duas assembléias convocadas pelo DCE que reuniram mais de 700 pessoas, os estudantes da UERJ decidiram ocupar a reitoria da universidade. A decisão foi tomada um dia depois da deflagração da greve dos professores da universidade.

Cerca de 300 estudantes participaram da ocupação. O movimento reivindica uma universidade pública gratuita e de qualidade, protesta contra o corte de verbas e exige a destinação mínima de 6% do orçamento estadual para a universidade. Recentemente, houve um incêndio e a queda de um bloco de concreto do telhado do campus Maracanã da universidade, devido à falta de manutenção.

O governador Sérgio Cabral (PMDB) se nega cumprir a destinação dos 6% do orçamento para a UERJ e corta verbas da universidade. O atual reitor, Ricardo Vieiralves (PT), não se coloca ao lado do movimento em defesa da universidade e apóia incondicionalmente a política de desmonte aplicada por Cabral. Os dois aplicam a política das parcerias público-privadas para submeter a universidade às diretrizes do mercado, privatizando o ensino, a pesquisa e a extensão.

Desde o início, a postura da reitoria do governo foi derrotar o movimento pela força. Diretores do DCE foram processados. Houve ameaça de reintegração de posse pela polícia e o movimento foi amplamente difamado, inclusive com a ajuda de estudantes ligados à direita e à UNE (PT e PCdoB). No entanto, a ocupação persiste com amplo apoio, inclusive de escolas de ensino médio e da UENF.

O sentimento é de que é possível arrancar conquistas. É necessário agora que o novo movimento estudantil da UERJ possa fortalecer a greve e avançar nas conquistas para a universidade.

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