Esquerda reformista abandona defesa das reformas para defender políticas assistencialistasA adoção de políticas sociais compensatórias sequer pode ser comparada a um programa de reformas do capitalismo. Como bem indica o Banco Mundial, esse tipo de política se insere em um conjunto de ataques aos direitos dos trabalhadores.

Se, no passado, as lutas da classe trabalhadora conseguiram arrancar conquistas como direitos trabalhistas, previdência social, serviços públicos e gratuitos, hoje o capital investe toda sua força contra cada uma delas. Essa situação mostra que cada uma das vitórias do movimento operário (por mais heroica que tenha sido) sempre estará ameaçada enquanto o capitalismo estiver de pé.

Por outro lado, diante da crise econômica, o capitalismo vai atacar ainda mais as reformas conquistadas no passado pelos trabalhadores. Para isso, vai se utilizar da esquerda reformista, que abandonou o campo da defesa das reformas para defender políticas assistencialistas.

Ou seja, ao invés de defenderem medidas efetivas que promoveriam a criação de emprego (como reforma agrária, diminuição da jornada de trabalho etc.), os governos da esquerda reformista, como de Lula, passaram a administrar planos econômicos neoliberais e programas como o Bolsa Família para “compensar” a miséria produzida pelo neoliberalismo.

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