O governador do Piauí, Wellington Dias (PT), convocou sessões extras da Assembléia Legislativa para votar, a “toque de caixa”, a reforma administrativa. Seguindo a mesma linha da reforma da Previdência, Wellington propõe a retirada de inúmeros direitos dos servidores públicos a fim de fazer caixa para continuar honrando seus compromissos com agiotas e empresários. Além disso, cada deputado receberá R$ 19 mil pela convocação.

A essência da reforma é cortar gastos públicos: ataca direitos dos professores, põe fim à incidência dos adicio-nais por tempo de serviço, à progressão funcional e às gratificações de insalubridade sobre os aumentos de salários e nas futuras aposentadorias.

Por outro lado, algumas novas secretarias de governo serão criadas para agraciar os aliados do PT, como o PMDB, dentre outros, gerando enormes despesas ao próprio governo. Sem falar nas isenções de impostos para as multinacionais.

O presidente da CUT regional, Moura, da Articulação, e vários sindicatos — inclusive da esquerda petista — em vez de chamarem a mobilização dos servidores pela retirada dessa reforma administrativa da pauta da Assembléia, assinaram um acordo com o governo, se comprometendo a “discutir” a proposta.

Como declarou Rosa Meireles, do Sindicato dos Urbanitários, “esse acordo foi assinado de forma inconseqüente pelas lideranças do movimento sindical, uma vez que dá o aval para o governo aprovar a reforma do Estado. E acarretará aos servidores inúmeros prejuízos como prevêem as próprias mensagens que tramitam na Assembléia Legislativa.”

No entanto, enquanto as lideranças sindicais vacilam, os servidores continuam mobilizados. Agora, ou os trabalhadores empurram suas direções para a luta, ou passam por cima delas. Caso contrário, o governo petista irá impor a retirada de mais direitos dos trabalhadores.

Post author Romildo de Castro,
de Teresina (PI)
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