A proposta de Reforma da Previdência do governo Lula não é uma proposta para beneficiar os trabalhadores e melhorar as aposentadorias. Por isso tem o apoio dos banqueiros, da Fiesp, do FMI e da Rede Globo, que já está em mais uma campanha contra o funcionalismo público, alardeando um monte de mentiras.

A Reforma que o governo está propondo – exigida pelo FMI – visa privatizar a previdência, transferindo sua a arrecadação para o sistema financeiro e fundos de pensão, ameaçando a aposentadoria futura de todos os trabalhadores.

Essa Reforma, além de arrancar direitos dos aposentados e dos trabalhadores, causará um rombo sem precedente nas contas públicas. O governo deixará de arrecadar o que arrecada hoje, transferindo a parte do leão para o sistema financeiro, tendo que sustentar as aposentadorias hoje existentes com uma arrecadação menor.

O governo quer começar essa reforma votando no Congresso o Projeto de Lei N.º 9, elaborado pelo governo FHC, que acaba com a aposentadoria integral dos servidores e impõe a aposentadoria complementar privada.

A aposentadoria integral é um direito que deveria ser estendido a todos os trabalhadores. Escândalo não é o funcionalismo conseguir se aposentar com o salário da ativa, como alardeia a mídia, mas os trabalhadores do setor privado não terem tal direito. Escândalo é a classe trabalhadora trabalhar toda uma vida e depois se aposentar com um salário miserável.

A reforma que interessaria aos trabalhadores é outra. Os funcionários públicos deveriam ter seus direitos mantidos e obter aumento salarial. Os trabalhadores do setor privado deveriam conquistar a revogação da reforma de FHC – o que traria de volta a aposentadoria proporcional e outros benefícios – e a ampliação de direitos, como a aposentadoria integral. Aos do setor informal deveria se assegurar o direito à carteira assinada.

O governo Lula está fazendo o oposto: está propondo concluir a reforma de FHC, que ataca os trabalhadores e privilegia os banqueiros.

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