O PSTU defende que as empresas privatizadas sejam reestatizadas, sem indenização. Assim, os recursos naturais do país, o aço, a petroquímica, a energia elétrica e a telefonia voltariam a fazer parte do patrimônio nacional.
Mas a reestatização, por si só, não seria garantia de que as empresas estariam a serviço dos interesses e das necessidades dos trabalhadores e da maioria do povo. Inclusive, muitas vezes, os governos burgueses são obrigados a retomar o controle de empresas privadas falidas para saneá-las e depois devolvê-las à “mão leve“ do mercado. Recentemente na Argentina, por exemplo, três bancos administrados pelo Crédit Agricole da França – Bisel, Suquía e Bersa – passsaram ao controle do Banco Nacíon até que haja novamente um interessado em comprá-los. Ou seja, o Crédit Agricole desistiu de “investir“ no país e largou o rombo para o Estado.

Controle Operário

No passado, se muitas estatais davam prejuízo era porque subsidiavam as empresas privadas, como as siderúrgicas, que vendiam aço abaixo do custo para as montadoras de automóveis.
Por outro lado, se não conseguiam expandir seus serviços, como as companhias de energia e telefonia, era porque os recursos do Estado, que deveriam ser voltados para investimentos em infra-estrutura, estavam e continuam estando voltados para o pagamento da dívida externa. Como se não bastasse, estas estatais eram dirigidas por uma burocracia corrupta, a serviço das grandes empresas privadas nacionais e estrangeiras.
Por tudo isso, defendemos que as empresas reestatizadas tenha suas diretorias eleitas por seus trabalhadores, com mandatos revogáveis a qualquer momento. Junto com isso, conselhos de consumidores devem ser criados para controlar o preço das tarifas, avaliar a qualidade dos serviços e planejar, junto com os trabalhadores destas empresas, investimentos e melhorias para atender as necessidades da população.
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