Redução imediata dos salários dos parlamentares

Da redação

Os altos salários dos deputados ao invés de “evitar a corrupção” como defendem os deputados e alguns juízes, fazem do Estado um verdadeiro garantidor de privilégios.

Essas regalias corrompem os partidos e parlamentares, que se vêem financeiramente dependentes do Estado. Funciona ainda como um trampolim para a corrupção, na base da troca de benefícios para empresários e empreiteiros à custa de “presentes”.

O maior exemplo disso é o PT, partido operário que foi aos poucos se adaptando ao Estado. Não só o programa político ia sendo adaptado, mas o próprio modo e estilo de vida de seus quadros. No estouro da crise do mensalão, por exemplo, não foram só os casos de desvio de recursos via contratos públicos que causaram espanto. Quem não se lembra de um dos principais quadros do partido na época, Sílvio Pereira, presenteado por um Land Rover pela empresa GDK, que mantinha contratos com a Petrobras?

Casa dos ricos
Fica cada vez mais claro que o Congresso Nacional é a casa dos ricos, o comitê a serviço dos interesses da burguesia. Notícias sobre os privilégios dos parlamentares se somam aos escândalos de corrupção, a exemplo dos famigerados “atos secretos” revelados no ano passado e que continuam impunes. Ou seja, privilégio e corrupção são apenas duas faces do caráter de classe dessa instituição.

O programa do PSTU para o parlamento prevê o fim do Senado, uma instância profundamente reacionária com o único objetivo de impedir a aprovação qualquer medida minimamente progressista. O partido também defende a revogabilidade do mandato de todos os parlamentares, a qualquer momento.

O PSTU defende ainda o fim de todo o tipo de privilégio gozado pelos políticos, verdadeira base material para o atrelamento e a corrupção. Por isso, o partido tem em seu programa a exigência de que os parlamentares ganhem o equivalente ao salário de um operário qualificado.