A imensa diferença entre os salários dos parlamentares e os dos trabalhadores é um fator que aumenta mais ainda a desigualdade. Além disso, em vez de “evitar a corrupção”, como defendem os deputados e alguns juízes, faz do Estado um verdadeiro garantidor de privilégios.

Essas regalias corrompem os partidos e parlamentares, que se veem financeiramente dependentes do Estado. Funciona ainda como um trampolim para a corrupção, na base da troca de benefícios com empresários e empreiteiros à custa de “presentes”.

O maior exemplo é o PT, partido operário que foi aos poucos se adaptando ao Estado. Não só o programa político se adaptou, mas o próprio modo de vida de seus dirigentes. No estouro da crise do mensalão, em 2005, não foram só os casos de desvio de recursos via contratos públicos que causaram espanto. Quem não se lembra de um dos principais quadros do partido na época, Sílvio Pereira, presenteado com um carro Land Rover pela empresa GDK, que mantinha contratos com a Petrobras?

O PSTU defende o fim de todo tipo de privilégio gozado pelos políticos, verdadeiro combustível para o atrelamento e a corrupção. Por isso, o partido tem em seu programa a exigência de que os parlamentares ganhem o equivalente ao salário de um operário qualificado.

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