Chapa ligada à CSP-Conlutas venceu com mais de mil votos

A chapa ligada à CSP-Conlutas venceu as eleições do Sindicato dos Rodoviários de Recife e Região Metropolitana. As eleições aconteceram nesta terça-feira, 13. Foram três chapas inscritas. De um lado, o governo, a patronal e as chapas da Força Sindical e da CUT. Do outro lado, a CSP-Conlutas e apoiadores da base da categoria.

Com 1.109 votos, quem assume agora a direção do sindicato é a CSP-Conlutas. A Chapa 1, da Força Sindical, ficou com 399 votos, e a Chapa 2, da CUT, com 709. A vitória foi construída com muita luta. Agora, a categoria tem um verdadeiro instrumento para organizar as próximas batalhas.

Reorganização: uma necessidade
O sentimento de mudança dos rodoviários não se iniciou nestas eleições. Há anos, a categoria grita por melhores condições de trabalho e salário digno. Mas a direção do sindicato, com Patrício Magalhães à frente, não escutava os trabalhadores. Essa situação levou alguns rodoviários às ruas. Há três anos, um grupo contrário aos desmandos de Patrício se levantou e realizou várias manifestações em Recife.

A CSP-Conlutas, em apoio às reivindicações levantadas, começou a participar das atividades. Em pouco tempo, o grupo cresceu e formou a Oposição de Verdade CSP-Conlutas. Nesses últimos anos, foi esta oposição que esteve à frente das manifestações com total apoio da categoria.

Os trabalhadores realizaram vários protestos na capital pernambucana. Na última greve, em julho do ano passado, período de efervescência em todo país, a oposição estava nas ruas com os trabalhadores. Foi um momento histórico em Recife. Os rodoviários pararam por todos os lados, reivindicando mais do que questões salariais.

Um dos grandes anseios da categoria era a saída de Patrício Magalhães da direção do sindicato. Foram mais de três décadas jogadas na lata do lixo. A gestão de Patrício apenas favoreceu a patronal e os governos. Os rodoviários entenderam que isso acontecia porque a direção do sindicato fazia jogo sujo junto à patronal e ao governo. Eram acordos coletivos que não expressavam as necessidades mínimas dos trabalhadores. A reorganização da categoria era, de fato, uma necessidade.

“A população entendeu nossas reivindicações e apoiou nosso movimento. Vivemos desprezados pelo governo e explorados pela patronal, com risco de morte e tudo mais. Chegamos a fazer um dia de catraca livre para mostrar que a luta dos rodoviários também é pelo transporte público de qualidade, afinal garantir essa bandeira, além de favorecer aos usuários do transporte, irá também melhorar nossas condições de trabalho”, falou Aldo Lima, rodoviário que é liderança do movimento oposicionista.

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