`IlustraçãoNo dia 5 de julho, morreu, aos 93 anos, o ex-presidente dos EUA Ronald Reagan.

Toda a imprensa mundial, o papa, democratas, republicanos, e a sua fiel aliada na ofensiva neoliberal sobre o planeta, a ex-primeira-ministra britânica Margareth Tatcher, proclamaram efusivas homenagens a esse homem que dedicou sua vida a massacres, assassinatos e ataques contra os povos do mundo.

Eleito em 1981 e reeleito em 1984, Reagan tinha um desafio: reerguer o imperialismo norte-americano após sua derrocada no Vietnã. Para isso, atacou os direitos dos trabalhadores norte-americanos e retomou a ofensiva militar imperialista no mundo, especialmente na América Latina.

No primeiro ano, Reagan demitiu 11 mil controladores de vôo que estavam em greve. Depois, promoveu a destruição dos serviços sociais, excluindo mais de 400 mil famílias de programas estatais de ajuda social.

Em 1983, invadiu a ilha caribenha de Granada com 10 mil marines para sufocar uma rebelião. Nessa época, financiou a milícia dos contras, que combateu a revolução sandinista na Nicarágua.

Reagan ignorou o apartheid e declarou seu apoio ao governo da África do Sul. No final dos anos 80, foi obrigado a admitir que vendeu armas ao Irã para financiar os contras, fato que provocou crise política em seu governo.

Adotou posturas homofóbicas, recusando-se a aumentar o financiamento aos programas de combate à Aids. Chegou a declarar, em sua biografia oficial, que a Aids era uma praga de Deus contra o “sexo ilícito”.

Reagan deu os primeiros passos em direção à ofensiva imperialista recolonizadora sobre o mundo. Portanto, relembrar sua história reforça a consciência da necessidade de intensificar a luta contra o imperialismo americano, representado, atualmente, por George W. Bush.
Post author Jeferson Choma, da redação
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