Em campanha, Lula divide palanque com mensaleirosO PT era o grande defensor da “ética na política” contra as prática corruptas de PSDB, PFL, PMDB, etc. Segundo os petistas, bastaria eleger gente honesta como eles que a corrupção desapareceria.

Em quatro anos no governo federal, o Partido dos Trabalhadores conseguiu converter-se no maior símbolo da corrupção no Brasil, igualando-se a Maluf e ACM.
O PT organizou uma gigantesca estrutura de rapina dos cofres públicos. Capitaneado pelo então ministro da Fazenda, por José Dirceu e seu braço direito, o empresário Marcos Valério, o mega-esquema envolvia toda sorte de desvio público, principalmente através das estatais.

O tragicômico episódio dos dólares na cueca, protagonizado por um assessor do deputado irmão de José Genoino, foi a gota d`água que jogou por terra mais de 20 anos do discurso da “ética na política”.

No momento da crise do mensalão, os petistas manifestavam um constrangimento, que hoje desapareceu. Lula entregou de novo a direção dos Correios ao PMDB corrupto, e se empenha para manter o apoio do PP de Maluf e do PTB de Roberto Jefferson, caso seja reeleito.

Em campanha eleitoral pelo país, Lula sobe no palanque junto com seus companheiros mensaleiros. Em Minas Gerais firmou uma aliança com o ex-governador Newton Cardoso (PMDB). Símbolo da corrupção no estado, ele é acusado de enriquecimento ilícito e até mesmo de grilagem de terras. Em São Paulo ocorre um fenômeno parecido, com o também ex-governador Orestes Quércia (PMDB).
A trágica trajetória do PT confirma que a corrupção não se resume a um problema ético pessoal de um ou outro político, mas é um elemento indissociável do capitalismo, da democracia burguesa e de suas instituições.
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