A noite de lua desse 6 de julho deixa uma marca triste em todos nós, dirigentes e militantes do PSTU. A eterna guerreira Maristela Ávila de Abreu nos deixou após uma luta silenciosa contra uma doença horrível no último ano.

Maristela sempre lutou contra as injustiças sociais e a exploração capitalista desde a mais tenra idade. Após o concurso público para exercer o magistério ainda nos anos 80 trouxe para a escola uma visão de mundo que questionava a organização da sociedade que vivemos. Primeiro no enfrentamento contra o regime ditatorial que havia no país. Depois contra toda a injustiça cometida por essa sociedade contra os filhos da classe trabalhadora. Sim, porque a luta pela valorização da profissão, da carreira, sempre teve como objetivo melhorar as condições de ensino para os filhos dos explorados e oprimidos por um poder público perverso com os mais necessitados.

Sua justa indignação fez com que ela se aproximasse do núcleo de marxistas, leninistas, revolucionários na construção de uma alternativa a sociedade decadente em que vivemos. Dessa forma, Maristela ajudou a consolidar o projeto denominado de Convergência Socialista e, mais tarde, o Partido Socialista do Trabalhadores Unificado, o PSTU. Nesse percurso de décadas dedicadas a esse projeto de vida foi militante e dirigente do Sindicato Estadual dos Profissionais de Educação do Rio de Janeiro onde se destacou por sua atitude aguerrida na busca da mobilização das escolas e dos trabalhadores da educação.

Sua partida deixará uma lacuna e muita saudade de todos que tiveram a sorte de ouvir sua voz ou dividir os muitos momentos de luta. Mas seus ideais permanecerão entre nós. Sua luta é nossa luta. Marcharemos firmes para auxiliar nossa classe a cumprir suas tarefas históricas carregando em nossa bandeira o nome gravado no calor da luta de mais essa heroína. Maristela Presente, sempre! Até a vitória da classe operária!