Nesta quinta-feira, dia 28 de julho, será realizado um grande ato contra a corrupção, as reformas e a política econômica do governo Lula, no Centro do Rio de Janeiro. O protesto terá início às 18h, na sede da Associação Brasileira de Imprensa (ABI).

O ato está sendo convocado com as seguintes bandeiras: Contra a corrupção; Contra a política neoliberal do Governo Lula; Fora todos os corruptos; Contra as reformas neoliberais; Em defesa do serviço público e das lutas dos servidores; Contra as privatizações e Contra a reforma política eleitoreira.

Além de diversas entidades, como a Conlutas, o IAB e a ABI, vários partidos estão convocando o ato, como P-SOL, PDT, PCB e PSTU. O PSTU, representado por Zé Maria, apresentará a sua política para a crise, convocando a marcha do dia 17 de agosto e a construção de uma frente classista e socialista para as eleições de 2006, sem os partidos da burguesia, como o PDT e o PPS.

Leia abaixo a convocatória do ato:


O Brasil não está à venda

“A indignação que o povo brasileiro já vivia com o abandono pelo governo Lula dos compromissos eleitorais se soma, agora, à indignação com os escândalos de corrupção e desrespeito ao patrimônio e ao dinheiro públicos.

O que aconteceu é que o governo Lula mudou de lado, passou a defender e a realizar o mesmo programa econômico iniciado no governo Collor e aprofundado nos oito anos de governo FHC. E mais do que isso: adotou, também, o mesmo modo de governar de seu antecessor ao montar esquemas fraudulentos de arrecadações espúrias, ao distribuir dinheiro em malas, ao comprar votos para aprovar projetos contra o povo e o país, ao fazer alianças políticas a “qualquer preço”, ao desrespeitar o Congresso Nacional e os partidos.

Mas, o governo Lula não se limitou a imitar o governo FHC, foi mais longe ainda. Promoveu a reforma de previdência, destruindo direitos fundamentais dos servidores públicos; entrega as reservas brasileiras de petróleo através dos leilões da ANP; aprovou as PPPs, Parcerias Públicos Privadas, nome bonito para continuar entregando os serviços públicos e as empresas públicas/estatais ao lucro fácil dos negócios privados neoliberais; aprovou a Lei dos Transgênicos, que fere o meio-ambiente e os produtores rurais brasileiros; aprovou a Lei das Falências; abandonou o compromisso com a reforma agrária; promove o loteamento e a privatização da Amazônia e outras medidas contrárias aos interesses nacionais.

Acreditam que podem comprar votos por um lado e vender o país por outro.

Querem avançar sobre as conquistas e direitos dos trabalhadores, dos estudantes e do povo, com mais reformas neoliberais: a Reforma Universitária, a Reforma Sindical e a Reforma Trabalhista. O objetivo dessas reformas não é, como diz o governo, aperfeiçoar o ensino, a educação, a representação sindical ou melhorar as condições de emprego de trabalho no país.

Ao contrário, tais reformas, realizadas através da compra de votos, portanto, ilegítimas, têm por objetivo surrupiar direitos, aniquilar garantias, enfraquecer o povo e, assim, facilitar a vida dos grupos econômicos que estão a frente desse modelo de submissão ao FMI e demais agências financeiras internacionais e que asfixia o Brasil e sua gente.

Do mesmo modo, o governo largou a saúde, a educação e a segurança e, por isso, os servidores estão em luta para defender a valorização do serviço público e de suas carreiras profissionais, único modo de garantir atendimento ao povo mais humilde e necessitado.

Agora mesmo, diante da avalanche de denúncias e provas, o PT e os partidos que compõem a base aliada, tenta transformar as CPIs dos Correios e do Mensalão em farsas, procura arranjar desculpas para suas improbidades dizendo que a movimentação dos milhões da corrupção era dinheiro de campanhas políticas e que “todo mundo faz isso“.

Por isso, é hora de transformarmos a indignação em luta e mobilização. Devemos mostrar que o Brasil continua tendo jeito, sim! É hora de apresentarmos uma alternativa a essa situação calamitosa criada pelo governo Lula e por aquele que o inspirou, o governo FHC.

É hora de unirmos as forças dos partidos populares, democráticos e de esquerda, das entidades cívicas e históricas como a ABI, o Clube de Engenharia, o Modecom, das entidades sindicais e estudantis, da intelectualidade, dos movimentos sociais e comunitários, enfim, de todos os que se opõem a essa política econômica e ao descalabro da corrupção e da falta de respeito com o que é público.

O ATO PÚBLICO, dia 28/7/2005, às 18 horas, na ABI, Rua Araújo Porto Alegre, é importante passo do povo para mudar esse quadro e sonhar com um novo país.

– Contra a política econômica do governo Lula e as reformas neoliberais
– Fora corruptos e corruptores, prisão para todos
– Em defesa do serviço público e apoio aos servidores em luta

PDT, PPS, PV, PSOL, PCB, PSTU
ABI, Clube de Engenharia, Modecon, Aepet, Sintrasef, Sindsprev Nova Central Sindical, Fórum Sindical dos Trabalhadores, Conlutas e outras entidades sindicais

LEIA TAMBÉM