As greves são uma escola para os trabalhadores. A experiência prática da luta, alterando radicalmente a rotina de exploração cotidiana, provoca várias mudanças em sua consciência. Uma delas é se reconhecer enquanto classe trabalhadora, que enfrenta os patrões.

É através desta experiência viva dos trabalhadores que a consciência de classe evolui. Mas sobre esta consciência atuam também os partidos, as direções sindicais e a imprensa. A maioria absoluta das interferências desses setores é para fazer com que os trabalhadores não evoluam em sua consciência, e sigam aceitando sua exploração.

Durante toda a década de 1980, por exemplo, os trabalhadores com suas greves avançaram em uma consciência classista, identificando os patrões como seus inimigos. O próprio PT, que cresceu nessa onda, cuidou de desmontar isso, a partir da década de 1990, fazendo alianças eleitorais com partidos burgueses. Ocorreu então um retrocesso nessa consciência classista, que agora pode se recompor com o novo ciclo de greves.

Mas muitos obstáculos se colocam nesse caminho. Um deles é a separação que toda a imprensa, os partidos burgueses e o PT tentam fazer entre a luta sindical e a política. Assim, os trabalhadores bancários lutam contra os banqueiros, mas deveriam votar nos partidos de seus patrões (PSDB e PFL) nas eleições. Ou ainda, se enfrentam com o governo Lula, mas deveriam votar no PT. O problema é que uma vitória eleitoral desses partidos reforça o poder dos banqueiros, sua postura dura nas negociações. Uma derrota desses partidos facilitaria a vitória das greves.

O PSTU é hoje o partido das lutas, das greves, como foi o PT no passado. Não só apoiamos as mobilizações dos trabalhadores, como dedicamos nossos programas de TV a elas, e ali concentramos as nossas forças, ao contrário dos outros partidos que só estão interessados em suas campanhas eleitorais. Para nós, o que muda a vida são as lutas dos trabalhadores, e não as eleições. Por isso, estamos envolvidos com as principais greves do país, e nossos militantes são, muitas vezes, dirigentes das mesmas. A eleição de vereadores do PSTU seria o fortalecimento das lutas, e de uma alternativa de esquerda revolucionária.

Outro preconceito, muito difundido, é o de que “todos os partidos são iguais”. A experiência com o PT e com seu governo ampliou esse ceticismo. Mas isso só reforça os partidos dominantes, como o próprio PT e a oposição burguesa. Ao não se construir uma alternativa político-partidária, esses partidos seguem reinando.

O PSTU não é igual aos outros partidos, e não será um outro PT no futuro. Nosso
programa, ao contrário do programa do PT, não é a adequação à democracia burguesa, mas a revolução socialista. A eleição de um candidato nosso significa um ponto de apoio para as lutas dos trabalhadores. Por isso, os candidatos do PSTU assinaram um termo de compromisso de receber, caso sejam eleitos, o mesmo salário que tinham antes das eleições. Isso significa que um vereador do PSTU seguiria tendo o mesmo padrão de vida, a mesma vinculação com as lutas diretas dos trabalhadores.

É preciso combinar a luta direta dos trabalhadores com o apoio político eleitoral ao partido das lutas. Vote 16 e ajude a eleger vereadores do PSTU em sua cidade. Ajude a construir uma alternativa de esquerda revolucionária dos trabalhadores.
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