Herbert Amazonas, pré-candidato do PSTU ao governo amazonense

Operários, professores, estudantes, sem-tetos, associação de mulheres, militantes do PSTU, além de representantes do PSOL, dentre outros, lotaram a sala-auditório n° 4 do IFAM Sete de Setembro, na tarde do sábado de 15 de maio, para o lançamento das pré-candidaturas do PSTU ao governo do Amazonas.

O evento começou por volta das 16h30 com a exposições do pré-candidato ao governo do Amazonas, Herbert Amazonas, e de João Rebouças, pré-candidato a vice. Em seguida, foi aberto para as organizações e os demais presentes.

Unificar as lutas
Herbert Amazonas iniciou sua exposição citando as lutas dos trabalhadores que hoje ocorrem em todos os continentes. “Um espectro ronda a Europa! Não há um país do velho continente que não esteja em crise. Seja em maior ou menor grau. O exemplo mais evidente é a luta do povo grego”. Falou ainda da importância da resistência palestina, da luta cada vez mais feroz dos afegãos e do beco sem saída [para o imperialismo] que se tornou o Iraque.

Sobre o Haiti, denunciou as ocupações militares, tanto da ONU liderada pelas tropas brasileiras, como dos EUA. Denunciou que a ajuda humanitária não tem chegado aos que mais precisam, que as pessoas continuam morando nas ruas, que não existe nenhum plano para melhorar a vida da classe trabalhadora haitiana. “Mas apesar da calamidade, existe resistência organizada e os companheiros já sabem que é preciso derrubar Préval, colocar um governos dos trabalhadores e abrir caminhos para um país socialista“, disse.

“Diante de todas as lutas que estamos presenciando mundo afora, como os reformistas e os teóricos do capital podem continuar afirmando que a luta de classes acabou? “, questionou o candidato.

Herbert fez uma breve avaliação dos últimos governos do Brasil e do Amazonas. “Fernando Henrique privatizou as maiores e melhores empresas do país, atacou aposentados, trabalhadores da iniciativa privada, servidores e a juventude. Ele entregou as riquezas nacionais para o capital estrangeiro e para os bancos. Lula segue a mesma receita e em muitos aspectos é até mais radical, com o agravante de ter levado o PT, a CUT, a UNE e a maioria dos sindicatos a apoiar seu governo contra os trabalhadores. Serra e Dilma são a continuidade desse processo. Eles não nos representam, muito menos Marina Silva ou Ciro Gomes. Por isso, estamos lançando o companheiro Zé Maria a presidente, para os trabalhadores terem uma alternativa de luta e socialista para votar”, afirmou.

Os trabalhadores no poder no Amazonas
Em relação ao Amazonas, ressaltou a necessidade de unir a esquerda num projeto socialista tanto para as eleições como para as lutas cotidianas da classe trabalhadora:“O grupo já governa nosso Estado há quase 30 anos. Eles só fazem mudar de cadeira”.

João Rebouças falou da calamidade que é o interior do Estado em todos os sentidos, do caos da infraestrutura de Manaus, dos problemas de Segurança, Habitação, Transportes, Educação em contraste com os bilhões gerados por nós trabalhadores e, assim como Herbert enfatizou, reafirmou que as candidaturas do PSTU estarão à serviço de todas as lutas que ocorrem e que desde já seus representantes estão convidados a usar os programas do PSTU para fortalecer as lutas.

Em seguida os representantes de organizações se solidarizaram ao PSTU e declararam seu apoio. Os representes do PSOL disseram que é possível uma unidade local.

O lançamento da pré-candidatura deixou um “gostinho de quero mais” especialmente após a declaração de uma estudante que participava pela primeira vez de um evento do PSTU, embora já acompanhasse o partido há algum tempo. Ao encerrar quem fez sucesso foi a banca com os materiais do partido.