Altino de Melo é presidente do Sindicato dos Metroviários. Leia o manifesto de lançamento de sua pré-candidatura

O Brasil hoje passa por uma grave crise econômica, política e social. O aumento desenfreado do desemprego e da inflação, combinado com o caos dos serviços públicos, e os cada vez mais numerosos escândalos de corrupção que envolve praticamente todos os partidos do Congresso Nacional, coloca aos trabalhadores a tarefa de, nessas eleições, não apenas votar no prefeito e vereador de sua cidade, mas, sobretudo, colocar todos os políticos de Brasília pra fora, exigir eleições gerais e construir um governo dos trabalhadores.

O PT com Dilma e Lula e Haddad em São Paulo, escolheu governar junto e para os empresários, latifundiários, banqueiros e partidos tradicionais. Suas escolhas frustraram as esperanças de milhões de trabalhadores e jovens, que acreditaram que a derrota eleitoral do PSDB significava também a derrota de um projeto elitista e privatista de país. Assim, treze anos após o primeiro governo de Lula, o PT manchou de vez sua bandeira na corrupção como assistimos nos noticiários todos os dias.

 A cidade de São Paulo foi atingida em cheio com os problemas do país. Haddad seguiu a mesma cartilha que Lula e Dilma, e também virou as costas aos trabalhadores e ao povo pobre. Na verdade, o que vimos na cidade foi a alta das tarifas para beneficiar as empresas de ônibus, a maior privatização de creches da história da cidade, uma política higienista de cidade, que manda tirar papelão da população em situação de rua nos dias mais frios do ano e o aumento da violência policial, machista e lgbtfóbica.

Eles não nos representam.

As alternativas que aparecem, por outro lado, são as velhas alternativas dos grandes empresários pulverizadas em diversos candidatos e também envolvidos em corrupção. Os candidatos Russomano do PRB; Marta, ex-prefeita pelo PT, agora pelo PMDB do Temer; Doria do PSDB do Alckmin, o governador carrasco da periferia; Matarazzo ex-PSDB, agora PSD do Kassab; Major Olímpio da PM no Solidariedade do Paulinho da Força, que representa um dos setores patronais e reacionários da cidade; são mais dos mesmos que governarão para os grandes empresários, mesmo com cores e caras diferentes.

O PSTU acredita que todos os corruptos deveriam estar presos. Todo o dinheiro que foi roubado deveria ser devolvido aos cofres públicos. Mas esse não é o único crime cometido por estes políticos, seus maiores crimes são governos que não tem como objetivo atender as necessidades dos trabalhadores, do povo pobre e da juventude.

Alguns creem, no entanto, que diante de toda a lama que há na política, a atual candidatura de Erundina (PSOL-RAIZ) representaria a mudança que muitos procuram.

Muitos podem não saber ou se lembrar, mas quando prefeita da capital (1989-1992), Erundina não governou para os trabalhadores. Pelo contrário, enfrentou e reprimiu greves, como a dos professores e a dos rodoviários.  Após sua gestão à frente da cidade, rompeu com o PT para integrar o governo de Itamar Franco. Ingressou posteriormente o PSB (que ocupa hoje o cargo de vice de Alckmin), e chegou a ter o atual presidente interino, Michel Temer, como vice em sua chapa à prefeitura em 2004.

Neste momento, apesar de usar a legenda do PSOL, Erundina caminha para construção de seu próprio partido, RAIZ, aventando inclusive a possibilidade de alianças com a Rede de Marina Silva. Acreditamos que essas alianças, sem um programa de governo para os trabalhadores, na verdade, reproduzem o mesmo caminho seguido pelo PT.

Altino pré-candidato dos trabalhadores a prefeito de São Paulo
O PSTU da cidade de São Paulo definiu o metroviário Altino de Melo Prazeres Júnior, presidente licenciado do Sindicato dos Metroviários de São Paulo, como pré-candidato à prefeitura da cidade, e da professora da rede pública Janaína Rodrigues como vice.

Por quê? Porque queremos um governo dos trabalhadores apoiado nas organizações da nossa classe, nos representantes dos operários. Um governo dos trabalhadores, dos terceirizados, da juventude que luta, ocupa as escolas, que na periferia se organiza por moradia, transporte, saúde, segurança, das mulheres que lutam contra o assédio, os estupros e a cultura do estupro, dos negros e negros que enfrentam o preconceito e a morte nas quebradas, dos LGBT’s que lutam contra a opressão e os assassinatos cotidianos.

Um candidato que tem um lado
Altino, pai de duas filhas, foi operário químico e também presidiu o Sindicato dos Trabalhadores de Indústrias Químicas de Pernambuco. Participou das greves dos terceirizados do Metrô, na luta dos metroviários, ferroviários e rodoviários, defendeu o setor de transporte contra a privatização do Alckmin, esteve na luta contra o aumento das passagens e contra a corrupção do trensalão.

Participou ainda do combate ao assédio às mulheres no transporte, esteve nas Paradas do Orgulho LGBT contra o preconceito e na Marcha da Periferia contra o racismo. Participou das diversas manifestações e greves de inúmeras categorias que lutaram na cidade. Bateu de frente com Alckmin na greve dos metroviários e nas denúncias de corrupção envolvendo o transporte público.

Janaína Rodrigues, mãe de uma filha,  é ex-operária sapateira e atualmente trabalha como professora da rede estadual e municipal de ensino. Mulher e negra, Janaína é fundadora do Movimento Mulheres em Luta e está intensamente envolvida na luta contra o machismo e o racismo, além da defesa de um ensino público gratuito e de qualidade.

Basta de governar pros ricos!

Por uma São Paulo para os trabalhadores, para a juventude e a população mais pobre!

Por um governo dos trabalhadores baseado em conselhos populares, em que os trabalhadores de forma organizada, junto com a juventude mais carente, o movimento popular, os movimentos de luta contra a opressão, contra o machismo, o racismo e a LGBTfobia, decidam os rumos da cidade!

Não precisamos nem queremos mais dos mesmos, queremos uma revolução pra mudar de verdade!

Apoie o PSTU, defenda esta ideia! Altino pré-candidato a prefeito e Janaína vice!

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