2007 foi um ano de grandes desafios e muito trabalho para a militância do PSTU e para todos que estiveram conosco: lutas, greves, campanhas salariais, eleições sindicais e estudantis, atos, marchas, e muitas reuniões, seminários e encontros de ativistas para avançar na organização da Conlutas e da Conlute como alternativa para os trabalhadores e a juventude.

Avançamos também na afirmação e fortalecimento do PSTU, incorporando centenas de novos militantes e estreitando a relação política com ativistas independentes, de outros grupos e dirigentes do movimento. Isso é muito importante, pois a construção do partido revolucionário que organize os setores mais conscientes dos trabalhadores, seus melhores e mais abnegados lutadores, ao redor da estratégia da tomada do poder e da construção do socialismo, é a tarefa mais difícil e fundamental de todas.

Os trabalhadores não podem seguir ano após ano obrigados a escolher entre PT e o PSDB, que, apesar das aparentes diferenças, atacam e retiram direitos dos trabalhadores e visam sempre aumentar os lucros da burguesia, além de manter boas relações com Bush. Tampouco podemos achar que através do “voto” de dois em dois anos, vamos resolver os problemas dos trabalhadores, nos reduzindo a uma estratégia eleitoral, como infelizmente faz o PSOL.

A situação no mundo e na América Latina coloca na ordem do dia o desafio de construir organizações revolucionárias, em nível nacional e internacional. No Brasil, o PSTU vem dando passos nesse sentido e termina este ano vitorioso e com bastante gás para encarar os desafios de 2008.

Principais atividades de Construção do Partido

O PSTU, além de sua intervenção no movimento, teve uma intensa vida interna, que cumpriu um papel de solidificação ideológica, teórica e política para os militantes, antigos e novos, e para os simpatizantes. Queremos aqui destacar três delas:

– Homenagem a Nahuel Moreno, fundador da nossa corrente cuja morte completou 20 anos. O ponto alto foi o ato internacional em São Paulo, que reuniu 1800 pessoas.

– A campanha dos 90 anos da Revolução Russa, na qual foram realizadas centenas de atividades no país, como palestras, atos, debates, exibição do documentário, seminários e cursos. Nelas defendemos a necessidade da luta pelo poder, o internacionalismo e a construção do partido. Também demonstramos que o stalinismo foi uma contra-revolução e a necessidade da se lutar contra a burocracia. Cumprimos um papel importante, apresentando aos lutadores que buscam uma alternativa o debate sobre a revolução socialista.

– Fizemos vários cursos de formação e escolas de quadros. Neste mês realizamos a última escola do ano, em Belo Horizonte, sobre Revolução Permanente. Também foram realizados vários outros cursos: Escola de Quadros sobre Alienação e Marxismo, (São Paulo, Rio de Janeiro e Campinas); Introdução à lógica (Recife); Escola sobre o Partido e a Revolução (Porto Alegre); Introdução à Economia Política; Escola sobre Mulher e Marxismo (Sul/Sudeste e Nordeste – no Norte será em janeiro). Fizemos também o ciclo básico de formação sobre Classes Sociais e Estado e a Revolução, para os novos militantes.

Terminamos o ano parabenizando nossa militância, filiados, simpatizantes e amigos, por sua força, disciplina e abnegação para construir, não só as lutas, mas uma ferramenta que sirva de motor e farol para nossa classe: o partido revolucionário. Convidamos todos aqueles que discutem e militam ombro a ombro conosco que venham construir essa ferramenta, o PSTU.

  • Ativistas contam porque entraram no PSTU em 2007

    Post author Cilene Gadelha, da direção nacional do PSTU
    Publication Date