Para o partido, invasão foi ataque político e é parte da onda de criminalização aos movimentos sociaisO PSTU (Partido Socialista dos Trabalhadores Unificado) marcou uma audiência com o ministro da Justiça, Tarso Genro, para o dia 17 de janeiro, às 12h30, para discutir a recente invasão ocorrida na sede do partido. Na reunião, o partido irá discutir o que aconteceu e pedir providências.

A invasão
A sede nacional do PSTU foi invadida na madrugada de 30 de dezembro e tudo indica que a ação foi um atentado político. A apuração inicial dos itens roubados, depoimentos e imagens de câmeras de vigilância próximas mostraram que o saque à sede se trata de um crime político e não de um assalto comum.

Pelo menos três pessoas invadiram o local às 2h59 da madrugada e lá permaneceram por quatro horas. O prolongado período de permanência não corresponde ao volume material do roubo, essencialmente computadores usados. O foco central dos invasores foi a busca de informações e documentos do partido e não de bens materiais. Levaram computadores com dados e a prestação de contas do partido e deixaram talões de cheques, uma impressora moderna e dois celulares novos na caixa. A operação foi cuidadosamente executada, sendo precedida do corte das linhas telefônicas.

Em nota pública, o partido responsabilizou os governos federal, estadual e municipal. Expressão disso é a completa inoperância perante o crime. Até este momento não houve absolutamente nenhuma investigação policial.

Campanha
Diante da identificação deste crime político, o PSTU iniciou uma campanha de solidariedade, chamando partidos, sindicatos, entidades do movimento sindical, estudantil e popular a se posicionarem contra o ataque. Diversas mensagens já foram enviadas de todo o país. Também já chegaram apoios de outros países, como Espanha, Haiti, Portugal, Argentina, Peru e Chile.