Nota do PSTU sobre a agressão ao companheiro Juninho da CST/PSOLRecentemente a praça da Cantareira, em Niterói (RJ), foi palco de um acontecimento que não pode ser definido como nada menos que repulsivo: Silaedson “Juninho” Silva, estudante de Letras da UFF e militante da CST/PSOL, foi perseguido, insultado e agredido fisicamente nos arredores da praça por ser homossexual durante a madrugada da última quinta-feita, dia 4 de agosto. O camarada está abalado, mas passa bem.

Juninho, infelizmente, não é uma exceção em nosso país. Há alguns meses atrás, Guilherme Rodrigues, da Letras da USP, militante do PSTU e da Assembléia Nacional dos Estudantes – Livre (ANEL), sofreu uma agressão muito semelhante na região da Avenida Paulista; no ano passado, um jovem homossexual de 14 anos foi torturado até a morte em São Gonçalo; e a própria Cantareira já teve o caso do jovem Ferruccio, que foi espancado até ficar desfigurado em plena praça.

Todos esses e muitos outros casos apontam para uma triste estatística: o Brasil ocupa a liderança isolada no ranking de países que mais matam LGBT´s do mundo, com uma média de um homossexual morto a cada 36 horas apenas por sua orientação sexual (254 mortos de 2010, segundo o Grupo Gay da Bahia). O número deve, inclusive, ser bem maior, já que esses são os apenas os casos em que se registra a motivação do crime como homofobia.

Dilma e o PT, de forma lamentável para um governo que diz lutar pelos direitos dos LGBTs, se recusam a tomar medidas contra isso: o PLC 122, que criminaliza a homofobia, está engavetado há anos, e o kit anti-homofobia preparado pelo MEC foi vetado pela presidente numa tentativa de aplacar a ultraconservadora bancada evangélica da Câmara e proteger o ministro Palocci, afundado até o pescoço em escândalos milionários de corrupção. Entre os aliados do governo estão o deputado federal Jair Bolsonaro (PP-RJ), um assumido inimigo dos direitos dos LGBT´s, que fala barbaridades para quem quiser ouvir.

Nós do PSTU acreditamos que toda pessoa deve ser livre para amar quem quiser e ser tratada como todas as outras. A homofobia, assim como todas as opressões, é um instrumento da burguesia para dividir a classe trabalhadora e assim melhor explorá-la. Nas palavras de Malcom X, conhecido dirigente do movimento negro norte-americano, “não há capitalismo sem racismo, machismo e homofobia”. Apenas combinando as lutas contra a exploração e toda forma de opressão pode a classe trabalhadora se libertar; apenas com a construção da sociedade socialista todos terão o direito de amar.

  • Toda solidariedade ao companheiro Juninho!
  • Prisão para os agressores!
  • Aprovação da PLC 122 já! Homofobia é crime!
  • Cassação do mandato e prisão para Jair Bolsonaro!
  • Aprovação do kit anti-homofobia!
  • Direitos iguais para os LGBTs!
  • Contra toda forma de opressão e exploração!